A Caixa Econômica Federal apresentou nesta terça-feira (16) à Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) os números da promoção por mérito ano-base 2015. De acordo com os dados, 91.928 dos 97.462 trabalhadores do banco eram promovíveis, dos quais 63.520 (69,1%) receberão um delta e 14.991 (16,3%) serão contemplados com dois deltas. Já os que não alcançaram promoção foram 13.417 (14,6%).
Segundo Genésio Cardoso, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e membro da CEE/Caixa, a quantidade de empregados sem delta ficou acima do esperado. “Fizemos a solicitação e a empresa ficou de fornecer um detalhamento. Vamos analisar os motivos que impediram essa promoção, a fim de que busquemos aprimorar a sistemática. Queremos que a próxima seja divulgada o quanto antes, para que a categoria possa se programar”, diz.
Na reunião desta terça-feira, a Caixa confirmou que os reajustes da promoção por mérito serão creditados na folha de fevereiro, retroativos a janeiro. O pagamento não foi feito no mês passado por conta de problemas no sistema, o que obrigou a área responsável a realizar um novo processamento dos dados. No caso das referências do Plano de Cargos e Salários (PCS) de 2008, por exemplo, cada delta representa 2,33% de aumento.
Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa e diretora de Administração e Finanças da Fenae, lembra que essa é uma das mais importantes conquistas dos empregados do banco, fruto de um longo processo de negociação. “Ela foi restabelecida em 2008, depois de mais de 15 anos de sonegação desse direito. Ano após ano, na campanha nacional dos bancários, nossa mobilização tem sido fundamental para manter a conquista dos deltas”, afirma.
Sistemática
A sistemática da promoção por mérito 2015, com reflexos neste ano, foi divulgada no dia 25 de maio. Foi garantido um delta com 40 pontos, 10 a menos que na metodologia anterior. Os critérios objetivos foram distribuídos da seguinte forma: 20 pontos pela conclusão de 30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco pontos pela participação no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e outros 15 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).
A sistemática também considerou critérios subjetivos, que garantiram até 20 pontos. Cada empregado indicou de dois a oito empregados da sua unidade (preferencialmente da sua equipe) que atenderam aos critérios de avaliação como relacionamento no ambiente de trabalho e contribuição para a solução de problemas. A distribuição dos 20 pontos variou em função do número de indicações, que tiveram relação com o número de indicações recebidas. Foi garantida também a pontuação extra de 10 pontos para iniciativa de autodesenvolvimento.