Produção industrial no Brasil sobe 2,9% em janeiro, acima do esperado

Reuters
Rodrigo Viga Gaier e Walter Brandimarte

Com destaque para o setor de bens de capital, a produção industrial brasileira iniciou o ano em recuperação ao avançar 2,9 por cento em janeiro sobre o mês anterior, resultado melhor do que o esperado mas ainda insuficiente para reverter a contração vista em dezembro.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, a alta mensal de janeiro foi o melhor resultado em um ano. Mas não compensou o recuo de 3,7 por cento em dezembro, número revisado após divulgação anterior de queda de 3,5 por cento.

Na comparação com o mesmo mês de 2013, a produção industrial registrou queda de 2,4 por cento em janeiro.

Os resultados foram melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 2,50 por cento na base mensal e recuo de 3,40 por cento na comparação anual.

De acordo com o IBGE, entre as categorias de uso, o destaque em janeiro foi Bens de Capital, uma medida de investimento, que avançou 10 por cento ante dezembro, melhor resultado desde junho de 1997 (14,5 por cento), devido principalmente à retomada da produção de caminhões.

Em dezembro, essa categoria havia caído 12,2 por cento na comparação mensal e, sobre o mesmo mês de 2013, subiu 2,5 por cento.

A categoria Bens de Consumo, por sua vez, mostrou alta de 2,3 por cento na comparação mensal, com avanço de 3,8 por cento em Bens Duráveis e de 1,2 por cento em Semiduráveis e não Duráveis. Entretanto, ante janeiro de 2013, a categoria registrou queda de 3,6 por cento.

Já a produção de Bens Itermediários avançou 1,2 por cento ante dezembro e recuou 2,7 por cento na comparação com janeiro do ano passado.

O IBGE informou ainda que 17 dos 27 ramos pesquisados registraram crescimento mensal em janeiro, com destaque para farmacêutico (29,4 por cento), veículos automotores (8,7 por cento) e máquinas e equipamentos (6,4 por cento).

Em 2013, a indústria brasileira foi errática, encerrando com expansão de 1,2 por cento e levantando temores sobre recuperação mais robusta. Pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa de economistas é de expansão de 1,57 por cento em 2014. E, para fevereiro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) aponta desaceleração na expansão da atividade.

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