Funcionários da Probank, empresa terceirizada contratada pela Caixa Econômica Federal, estão passando por uma das situações de precarização do trabalho denunciada pelo movimento sindical.
Cerca de 950 trabalhadores, entre telefonistas, garagistas e digitadores da Caixa, vêm sofrendo sucessivos atrasos no pagamento dos salários, recolhimento de FGTS e férias. “Na quarta-feira 7, quinto dia útil, novamente a empresa não creditou o salário dos empregados, que já acumulam dívidas por conta da instabilidade a que vêm sendo submetidos”, relata a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e empregada da Caixa, Jackeline Machado.
O Sindicato considera responsabilidade do banco fiscalizar a empresa contratada em relação às obrigações trabalhistas, uma vez que se utiliza indiretamente daquela mão-de-obra. “Já entramos em contato com representantes do banco e aguardamos solução imediata para o problema”, afirma Jackeline.
Não é a primeira vez
A história de atraso no pagamento dos trabalhadores da Probank não é nova para a direção da Caixa. Em 2010, o banco teve de interferir na gestão da Probank, que reestruturou a diretoria da empresa.
“Novamente estamos esbarrando na irresponsabilidade do processo de terceirização. Por esses motivos lutamos contra mais essa precarização do trabalho e debatemos com toda a sociedade. As instituições financeiras possuem plenas condições de arcar com as contratações necessárias e evitar subcategorias desprotegidas de trabalhadores”, completa a dirigente.