Entidades sindicais e representativas cobram avanços para funcionários
Na primeira rodada de negociação específica da Campanha 2014, realizada nesta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, a diretoria do BNDES não apresentou propostas concretas para os funcionários. Os representantes do banco apenas confirmaram a manutenção do acordo anterior (2012/2014), com a garantia dos direitos, enquanto perdurarem as negociações.
A empresa informou que o GEP-Carreira está em fase de finalização. Na próxima rodada a empresa deverá apresentar uma resposta sobre a reivindicação de implantação do quadro de carreira, que já deveria ter sido feita, conforme foi firmado em acordos anteriores.
A Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários do Rio, AFBNDES e Comissão dos Funcionários do BNDES foram enfáticos na cobrança de uma solução para a pendência do GEP-Carreira.
O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, voltou a frisar ser inconcebível começar a discutir um novo acordo sem que o novo quadro de carreira tenha sido implantado.
Moções
Os sindicalistas cobraram da empresa uma posição em relação às moções de repúdio aprovadas em assembleias e no 3º Congresso dos Empregados, realizado dias 25 e 26 de agosto. As moções incluem desde o protesto contra o pagamento irregular de férias, a substituição de empre-gados por estagiários e a transferência arbitrária e o assédio moral.
Os funcionários repudiam a supressão de direitos de empregados do grupamento C, o não reconhecimento dos direitos dos anistiados, alterações arbitrárias de normas previdenciárias da Fapes (fundo de pensão) e o descumprimento do acordo do plano de carreira (GEP).
PR e assembleia dia 23
Os representantes do BNDES disseram que a diretoria do banco está disposta a discutir agora a participação nos resultados (PR) de 2014. Uma assembleia marcada para o dia 23, às 14h30, no Rio, vai decidir se autoriza as entidades a negociar esta questão.
Uma nova rodada de negociação foi agendada para o dia 26.
Para a diretora da Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato, Luciana Vieira, o momento é de unidade e início de mobilização. “O funcionalismo do banco deve se manter informado através dos informativos das entidades e participando ativamente da assembleias”, afirmou.
Além do reajuste salarial de 12,5%, outras reivindicações integram a pauta. Medidas de isonomia entre todos os empregados, inclusive do grupamento C e anistiados, complementação salarial nos casos de afastamento por motivos de saúde, incorporação de função e questões previdenciárias relativas à Fapes.