Primeira negociação com BNB discute previdência, saúde e cláusulas sociais

Bancários cobram avanços nas negociações da pauta específica

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB), realizou nesta sexta-feira (24), da primeira rodada de negociação da Campanha 2012 com a direção do BNB, em Fortaleza. A mesa foi coordenada pelo vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Sousa, e contou com a presença de representantes da Fetrafi-NE e FEEB/BA-SE, além dos sindicatos que compõem a CNFBNB.

“A expectativa dos trabalhadores é que haja avanços reais ao final dessa campanha. Que além da manutenção dos grupos de trabalho aconteçam propostas concretas, avanços nos calendários de discussões para que o trabalhador veja o sucesso dessas negociações e que seus pleitos estão sendo encaminhados”, disse Carlos Sousa.

PREVIDÊNCIA

Os bancários apresentaram as reivindicações relativas à previdência, incluindo melhoria no plano de previdência complementar, contribuição sobre o 13º da Capef, democratização do fundo de pensão com o fim do voto de qualidade, aporte de recursos, custeio e administração do plano.

O BNB informou que instalou no ano passado uma mesa temática sobre previdência e que está formulando um plano que atenda melhor seus funcionários. Sendo assim, o superintendente de Desenvolvimento Humano, Francisco Cavalcante, propôs que essas questões continuem sendo debatidas no âmbito da mesa temática, mas adiantou que o BNB está construindo um plano de incentivo à aposentadoria que pode contemplar algumas das reivindicações da pauta específica.

“Queremos cobrar aqui que esse plano de incentivo seja disponibilizado o mais breve possível aos sindicatos para ser discutido com as bases”, ressaltou o coordenador da CNFBNB, Tomaz de Aquino.

SAÚDE

Os dirigentes sindicais apresentaram reivindicações referentes ao plano de custeio da Camed, saúde ocupacional, programa de assistência social, combate ao assédio moral, conselho de usuários da Camed, fundo especial de custeio à saúde, ampliação da rede credenciada, eventos voltados para a saúde preventiva, entre outras.

De acordo com os representantes do banco, alguns temas já estão em debate na mesa de temática de saúde e nos grupos de trabalho relativos à Camed. Quanto ao Fundo de Custeio à Saúde, Tomaz cobrou detalhes sobre a aplicação de uma pesquisa que definiria a criação do fundo. De acordo com ele, debates anteriores apontaram que esse instrumento ficaria sob responsabilidade do banco, entretanto, a Comissão Nacional quer participar do processo.

CLÀUSULAS SOCIAIS

Os representantes dos funcionários apresentaram questões relativas à segurança (instalação de biombos em todas as unidades do banco), operacionalização do Credi e do Agro Amigo, convocação de aprovados do concurso 2010 etc.

O BNB divulgou nesta sexta-feira, inclusive na grande imprensa, que já no próximo mês deve substituir 545 terceirizados por 391 concursados, elevando, assim, o quantitativo de pessoal próprio do BNB para o total de 6.286 empregados.

As vagas autorizadas pelo governo federal serão preferencialmente para compor a lotação das 25 novas agências a serem inauguradas ainda em 2012. “Essa é uma reivindicação histórica dos trabalhadores do Banco do Nordeste. Essas contratações são frutos de inúmeras conversas durante as reuniões da mesa permanente e o nosso objetivo é ampliar esse número de contratações , visando atender melhor a população, fortalecer a atuação do banco e garantir um melhor ambiente de trabalho para todos”, disse Tomaz.

Os bancários cobraram ainda que a operacionalização do Credi e do Agro Amigo passe a ser feita por funcionários do BNB e não mais por terceirizados, como é feito hoje. O BNB informou que hoje esses programas são geridos por uma Oscip (organização da sociedade civil de interesse público). Entretanto, questionado pelo Comando Nacional, o banco informou que, se for de interesse do BNB, ele pode passar a gerir esses programas. “Isso dá margem para que o BNB seja um exemplo de moralização e substituição do serviço terceirizado”, avalia Carlos Sousa.

“O caminho dos trabalhadores é andar juntos, sem essa de um avançar e outro não. Como o patrão é o mesmo para os três bancos – o governo – temos que pressionar para deixar claro que os trabalhadores têm que ser vistos com atenção. Acredito que o governo não vai querer que se repita o que está acontecendo com os servidores federais e deve apostar no diálogo e na negociação, buscando fechar acordos satisfatórios para ambas as partes – trabalhadores e empresas”, concluiu o vice-presidente da Contraf-CUT.

A próxima rodada de negociação deve acontecer na próxima semana, debatendo as cláusulas relativas à emprego, sindicais e remuneração.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram