Discutir o futuro dos trabalhadores do ramo financeiro é uma das bandeiras que está sendo posta como prioridade na Campanha Nacional dos Bancários 2008, seja pela qualidade de vida ou pela garantia de uma velhice estável. Nesse sentido, o tema Previdência Complementar surge como possibilidade de uma nova conquista à categoria.
Dentre os pontos que recebem destaque na minuta de reivindicações sobre o tema estão: o caráter universal do beneficio, sendo oferecido obrigatoriamente para todos os empregados; a gestão participativa nos fundos de previdência; e a eleição de representantes dos trabalhadores nos órgãos dos fundos.
“Queremos discutir com os banqueiros a criação de fundos de pensão que beneficiem todos os bancários e com gestão participativa. Isso porque, a experiência brasileira em previdência é complicada. Os aposentados perdem o poder de consumo ao deixar a ativa prejudicando, assim, a qualidade de vida desses trabalhadores exatamente num momento em que se requer estabilidade e tranqüilidade”, comenta Sérgio Godinho, diretor da Fetec/CUT-SP.
Existem vários modelos de fundos de pensão oferecidos pelos bancos, mas a grande maioria não possibilita uma gestão participativa. “O trabalhador não tem voz, nem vez. O benefício é vertical, as condições são impostas e cabe ao funcionário acatar ou não. Daí a importância de discutirmos e implementarmos uma Previdência Complementar Universal para todos os bancários”, acrescenta Godinho que cita a Previ, o Banesprevi e o Econumus como fundos de pensão com referência ao movimento sindical bancário.
A primeira rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), está agendada para o próximo dia 27. Na ocasião, será definido o calendário de negociação por blocos temáticos.