Valor Econômico
Vera Saavedra Durão
Com foco no varejo para diversificar sua carteira de investimentos, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, aderiu à oferta pública inicial de ações do Magazine Luiza. A fundação arrematou 3,75 milhões de ações, equivalentes a 2,04% do capital da companhia, investindo R$ 60 milhões no negócio. Desse total, R$ 50 milhões pertencem ao Plano Previ 1, dos funcionários mais antigos, e R$ 10 milhões ao Previ Futuro.
O presidente da fundação, Ricardo Flores, informou que o setor varejista é um dos setores estratégicos para os investimentos da Previ. Segundo Flores, o crescimento da economia brasileira nos últimos anos tem possibilitado o aumento do poder aquisitivo das famílias que entraram numa dinâmica de consumo de bens e serviços “antes inimagináveis”, razão pela qual a Previ não quer ficar fora desse mercado.
Até agora, a Previ alocou R$ 94,1 milhões na aquisição de ações de quatro empresas do varejo: Hypermarcas, Lojas Renner, Pão de Açúcar e Magazine Luiza.
A fundação aplicou R$ 16,4 milhões para comprar 0,23% das Lojas Renner e pagou R$ 9,4 milhões por 0,06% do capital total do Pão de Açúcar. Na Hypermarcas, o investimento foi de R$ 10,2 milhões, por 0,08% das ações.
“O apetite da Previ é grande pelo varejo, principalmente aquele voltado para uma nova classe média em crescimento”, destacou Flores.
Na avaliação do executivo, esse segmento econômico apresenta vetores de forte atratividade por oferecer oportunidades de consolidação e perspectiva de redução da informalidade no mercado de trabalho do Brasil. Para ele, o aquecimento do setor imobiliário, que também está entre as prioridades da Previ, influencia positivamente o varejo de eletrodomésticos. “Essa demanda crescente por bens de consumo vai proporcionar uma boa rentabilidade a nossa carteira de ativos nos próximos anos.”