Após denúncia do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, feita na última segunda-feira, dia 16, sobre o fato de o Itaú ocupar o primeiro lugar no ranking nacional de reclamações no Procon e sobre a atitude absurda da instituição financeira de proibir o atendimento a não-correntistas, direcionando-os para os correspondentes bancários, o banco convocou a Superintendente de Operações de Minas Gerais para corrigir o erro.
Na quinta-feira, dia 18, pela manhã, a Superintendência se reuniu com dois dos Gerentes de Suporte Operacional (GSO) dos segmentos BH1 e BH3 e seus respectivos gerentes operacionais, orientando-os a “voltar a atender os não-correntistas e incentivá-los a abrirem uma conta no banco”.
Durante a restrição de atendimento a não-correntistas, somente um GSO contabilizou mais de 150 reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor e ao Banco Central.
Para a funcionária do Itaú e diretora do Sindicato dos Bancários de BH, Jacqueline Cardozo, a iniciativa do banco de proibir o atendimento a não-correntistas contraria a legislação e desrespeita o ser humano. “Todos têm direito ao atendimento, mesmo porque em qualquer transação financeira feita nos bancos já está embutido o custo operacional que é repassado ao cliente ou não-cliente. Então não justifica excluí-los”, afirmou.
Jacqueline lembrou que essas atitudes são utilizadas pelo banco para discriminar os usuários no atendimento e para justificar a redução do quadro de pessoal. “O Itaú quer reduzir o atendimento nas agências e demitir os caixas para baixar ainda mais o custo de sua folha de pagamento. Mas o Sindicato não vai admitir que o banco continue a agir com tamanha irresponsabilidade e desrespeito e vai continuar denunciando”, ressalta.