O presidente mundial do Santander, Emilio Botín, disse que está acompanhando as negociações entre os representantes dos bancários e do banco no Brasil e que está convencido de que os debates “conduzirão a melhores soluções para as preocupações manifestadas”.
Em resposta a duas cartas enviadas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o executivo reafirmou que a empresa aposta na negociação como forma de resolver os problemas dos funcionários. “É o desejo e a intenção do banco manter uma comunicação aberta e fluída com as organizações sindicais em todos os países em que estamos presentes, tal como vem ocorrendo nos últimos dias de agosto em São Paulo”, afirmou Botín.
O dirigente do Santander também disse que está aberto a receber os representantes dos bancários brasileiros em Madri, conforme solicitado pelo movimento sindical.
Veja a carta-resposta enviada por Emilio Botín
Para a diretora do Sindicato Rita Berlofa, a garantia de diálogo do executivo é boa, mas os bancários querem ver na prática se esse compromisso é realmente verdadeiro. “Estamos iniciando as negociações específicas com o banco e temos uma extensa pauta de reivindicações, que o banco tem totais condições de atendê-la”, destaca.
Rita ressalta que as relações laborais no Santander Brasil têm se deteriorado no último período, sendo o banco que mais demite no país, além de retiradas de direito (como ocorreu no HolandaPrevi) e do desrespeito aos compromissos assumidos em mesa de negociação com o Sindicato (caso do Banesprev).
“Esperamos uma nova postura do banco e seriedade nos debates que travaremos nos próximos dias. O Brasil é a filial mais lucrativa do Santander e não podemos admitir que os bancários sejam tratados aqui com desrespeito”, afirma.