Após mais de 10 anos insistindo que não há serviço passado do Plano II do Banesprev, o presidente do fundo de pensão dos banespianos, Jarbas de Biagi, finalmente reconheceu sua existência durante reunião do Conselho Fiscal realizada na manhã de quinta-feira, dia 1º de setembro. A afirmação ocorreu enquanto comentava a ressalva sobre o assunto apresentada pelos eleitos José Reinaldo Martins e Claudanir Reggiani.
“Ele finalmente reconheceu o serviço passado do Plano II, uma tese que os dirigentes da Afubesp e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que foram representantes eleitos no Banesprev, defendem há mais de uma década”, contou o diretor da Afubesp e conselheiro fiscal suplente, José Reinaldo, que completou: “disse que há serviço passado, mas não sabe de quem é a responsabilidade do pagamento”.
No entanto, no período da tarde, durante a reunião do Comitê Gestor do Plano II, Jarbas de Biagi, voltou atrás depois que os representantes da Afubesp e do Sindicato dos Bancários de São Paulo no órgão, Mario Raia e Edvaldo Poli, ratificaram a ressalva apresentada no Conselho Fiscal pelos eleitos. Jarbas disse que o serviço passado que reconhece é o do Plano I.
Em seguida, Mario Raia, que foi eleito naquele dia coordenador do órgão, rebateu a afirmação do presidente do Banesprev dizendo que o serviço passado do Plano I migrou para o II da mesma forma que migraram os participantes, já que não houve nenhum aporte financeiro na época de constituição do referido plano.
Na oportunidade, os representantes da Afubesp ratificaram também o parecer das eleitas do Comitê de Investimentos do Banesprev, Shisuka Sameshima e Márcia Campos, sobre um investimento de R$ 40 milhões com recursos do Plano II feito em discordância com relação à forma de decisão adotada para definir o valor, mostrando o desrespeito com o colegiado. A aprovação da transação só foi possível porque o presidente do Banesprev usou voto de minerva na reunião da Diretoria Executiva.