“Presidente da Caixa continua fazendo turismo às custas do povo”

Para representação dos empregados, viagens de Pedro Guimarães e sua comitiva para “conhecer experiências sobre microcrédito” são totalmente desnecessárias

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e uma equipe do banco terminaram, no sábado (14/5), mais uma de suas viagens para troca de experiências sobre a concessão do microcrédito. Desta vez, a viagem foi para a Bogotá, capital da Colômbia. A comitiva já passou por Bangladesh, Quênia, México e Peru. Os próximos destinos são Ruanda, Tanzânia, Índia e Indonésia.

O programa de microcrédito é voltado para microempreendedores individuais (MEI) e para pessoas físicas. Segundo o banco, as viagens são importantes para que a Caixa desenvolva o modelo no país.

“O microcrédito é muito importante. É preciso incentivar os microempreendedores e pessoas físicas que precisam de recursos para manter suas fontes de renda. Mas, temos boas experiências neste segmento no país”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, se referindo aos programas de microcrédito desenvolvidos pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e pelo Banco da Amazônia (Basa). “Estas viagens são totalmente desnecessárias. O presidente da Caixa continua fazendo turismo às custas do povo brasileiro”, criticou.

Crítica dos leitores

De acordo com matéria divulgada pelo jornal Correio Braziliense nas redes sociais, a viagem à Bogotá sofreu diversas críticas de leitores. “Gastando dinheiro público com turismo, igual a viagem a Israel com a comitiva gigante que não deu em nada, e depois colocou sigilo de cem anos”, disse um dos leitores. Outro disse: “Esse sujeito faz turismo às custas do povo, posando para fotos sem parar. Está igual ao genocida que o colocou. O pilantra deixará um rombo na Caixa para o povo pagar das tretas deles.” Um terceiro ressaltou os gastos desnecessários ao afirmar, “eu consigo me aprofundar com um clique no Google, tem um monte de artigos científicos disponíveis sobre o microcrédito na África.”

O programa Crediamigo, do BNB, também foi lembrado pelos leitores. “Mais barato se aprofundar na metodologia que é sucesso no Nordeste e é o maior programa de microcrédito do Brasil. #crediamigo”.

“O Banco do Nordeste já fez este estudo lá fora e tem um modelo bem sucedido e adaptado para o país. Sem dúvida é bom conhecer outras experiências, mas não há a necessidade de rodar o mundo como ele vem fazendo”, afirmou o Coordenador do Comitê em Defesa do Banco do Nordeste, Robson Araujo.

Experiência brasileira

O Banco do Nordeste lidera o financiamento a microempreendedores no país por meio do Crediamigo, o maior programa de microfinança urbana da América do Sul, com 2,4 milhões de clientes ativos, consagrando-se como líder no segmento, com a impactante marca de 50 milhões de operações contratadas, desde o início de sua criação, dado que traduz a importância do Crediamigo para o desenvolvimento econômico e social. Enquanto os empréstimos de curto prazo, destinados principalmente ao microcrédito urbano (Crediamigo), entre outros produtos, atingiram o valor de R$ 13,8 bilhões, com acréscimo de 2,8% em relação ao ano anterior, e representaram 33% do valor contratado no ano de 2021. O programa Crediamigo responde por 92,2% do volume total, com desembolso de R$ 12,7 bilhões de recursos aplicados em 4,2 milhões de operações de microcrédito urbano e que movimentaram a economia da Região, refletindo crescimento de 4,7% em relação a 2020.

No campo, o papel do Agroamigo, o programa de microcrédito rural do BNB terminou 2021 com a soma de R$ 3,39 bilhões aplicados, distribuídos em 589,7 mil operações, 16,89% a mais em termos de valores em relação a 2020. A carteira do Programa Agroamigo alcançou 1,4 milhão de clientes ativos, em que 73% estão no Semiárido – área prioritária de nossa atuação desenvolvimentista.

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