A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participou, na segunda-feira (10), da audiência de conciliação no Ministério Público do Trabalho, com o intuito de suspender e solucionar as arbitrariedades e abusos que estão ocorrendo na reestruturação da Caixa.
Desde o início da audiência, a empresa reforçou, através de seus representantes, que não é o caso de reestruturação e sim de equalização da força de trabalho. Na avaliação do movimento sindical é, na verdade, uma desestruturação da Caixa bem como ataque aos seus empregados para fragiliza-los.
“A Caixa também reforçou que o processo de realocação e mudanças era uma decisão empresarial e que era temerosa a interferência do movimento sindical nessa gestão. Rebatemos que a intenção não era de gerir a empresa e sim defender os empregados das arbitrariedades e abusos bem como defender a instituição com foco na sua sustentabilidade. Exemplo claro de prejuízo são os colegas com experiência e saber especializado que estão sendo transferidos e consequentemente as áreas estão perdendo conhecimento, como as áreas de habitação e TI”, ressaltou Fabiana Uehara, secretária de Cultura da Contraf-CUT e representante da Confederação nas negociações com o banco. Fruto da audiência de mediação com o MPT, a Caixa se comprometeu a tratar as pontualidades apontadas pelo movimento sindical na próxima semana. “Claro que esse compromisso feito pela Caixa é um pequeno avanço, e vamos continuar lutando em todas as frentes possíveis. Logo, todos os empregados necessitam estar mobilizados. Queremos transparência e respeito, são vidas sendo alteradas de forma drástica, com prejuízos emocionais e até financeiros! Reforçamos que os colegas procurem seus sindicatos para denunciar abusos e buscar orientações”, disse Fabiana.