A Polícia Federal agendou para o próximo dia 5 de agosto, às 9h, a 82ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. Trata-se de um fórum tripartite, que reúne representantes do governo e entidades patronais e dos trabalhadores. A Contraf-CUT representa os bancários.
Estarão em julgamento vários processos abertos pelas Delegacias de Segurança Privada (Delesp) em cada estado contra bancos e empresas de vigilância e transporte de valores. Eles iniciam, na sua maioria, por ocasião do trabalho anual de fiscalização do plano de segurança dos estabelecimentos.
Na reunião anterior, ocorrida no dia 4 de junho, os bancos receberam 64 multas no montante de R$ 1.049.353,00 por descumprimento das normas de segurança. O Banco do Brasil foi o campeão com 39 multas, totalizado R$ 602.016,00. O vice foi o Bradesco com 13 multas, perfazendo R$ 249.669,00. Também foram interditadas duas agências: Unibanco (Ribeiro Preto-SP) e Banif (Belo Horizonte-MG).
Na véspera da reunião, será realizada uma reunião preparatória do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, que é formado por representantes das federações, na sede da Contraf-CUT, no prédio do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Projeto de lei de segurança privada
A Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), que também integra a CCASP, entregaram um projeto de lei de segurança privada, na terça-feira, dia 14, ao ministro da Justiça, Tarso Genro, durante audiência em Brasília. O objetivo é atualizar a lei federal 7.102/83 que trata da segurança nos bancos e proteger a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários.
“Construímos um projeto conjunto e alternativo, a partir das primeiras versões do projeto de estatuto da segurança privada da Polícia Federal. Queremos avanços e nenhum retrocesso para combater a onda de violência, que tem deixado um rastro de vítimas em todo país, e apavora os trabalhadores e a sociedade”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
“O projeto prevê a ampliação dos equipamentos de prevenção, como a obrigatoriedade de vigilantes armados, a porta de segurança com detector de metais e vidros blindados, instalada em todos os acessos destinados ao público, inclusive a sala de autoatendimento, e câmeras de filmagem em tempo real com monitoramento fora do estabelecimento controlado”, explica o presidente da CNTV, José Boaventura dos Santos.
Tarso disse que “é importante receber críticas junto com propostas alternativas” e anunciou que vai encaminhar os documentos para a análise da assessoria de assuntos legislativos do Ministério e do Departamento de Polícia Federal. Depois, vai tomar uma decisão.