A área da segurança pública do Rio Grande do Sul, envolvendo Brigada Militar, Polícia Civil e até Polícia Federal, vai intensificar a troca de informações e uma maior integração para combater a ação das organizações criminosas que cometem assaltos a caixas-eletrônicos, bancos e carros-fortes no Estado.
Em encontro realizado na última sexta-feira, dia 7, no QG da BM, em Porto Alegre, foi discutido sobretudo a atuação da quadrilha dos explosivos, responsável por ataques contra agências e caixas eletrônicos em Igrejinha, Dom Feliciano, Dois Lajeados, Sertão Santana, Palmares do Sul e Barra do Ribeiro, além de um roubo a carro-forte em Tapes e uma tentativa de assalto a um blindado em Triunfo.
Imagens do ataque ao Banco do Brasil de Barra do Ribeiro, ocorrido na madrugada de sexta-feira, foram divulgadas pela Polícia Civil. Dois criminosos aparecem grudando um explosivo no cofre, amarrado por uma cinta de ajuste.
O subcomandante-geral da BM, coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, avalia que o principal resultado do encontro foi a definição de “ações conjuntas” entre os órgãos policiais, não sendo reveladas por questão de estratégia.
Para o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Ranolfo Vieira Júnior, a desarticulação da quadrilha dos explosivos começou com a prisão de quem tinha a tarefa de detonar os cofres na sexta-feira. “Eles vão parar por um tempo, mas o grupo deve se reagrupar”, acredita, destacando por isso a manutenção do alerta máximo.
Já o delegado Juliano Ferreira, da DP de Roubos a Repressão a Roubos a Bancos, do Deic, mantém as diligências para capturar o líder da quadrilha dos explosivos, Wandeley Grehs, vulgo Magrão, foragido desde junho de 2008, e de três outros cúmplices.
Magrão escapou de ser preso no final da manhã de sexta-feira, mas o responsável pela detonação dos explosivos, conhecido como Pedrinho, foi preso em dois imóveis alugados pela quadrilha na rua Marquês de Olinda, quase esquina com a BR 116, em Canoas.