A taxa de desemprego no país subiu para 9,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, acima do anterior (9%) e de igual período de 2015 (6,8%). Com isso, o número estimado de desempregados chegou a 9,623 milhões, 6% a mais do que no período anterior (mais 545 mil) e 42,3% em 12 meses – acréscimo de 2,859 milhões.
Os ocupados (91,650 milhões) se reduziram em 0,7% (menos 656 mil) e 1,1% (menos 1,040 milhão), respectivamente. O mercado formal também perdeu força. O número estimado de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (35,174 milhões) variou 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior, taxa que segundo o IBGE indica estabilidade, e caiu 3,6% ante 2015, com menos 1,318 milhão de pessoas.
O total de sem carteira também caiu, enquanto o número de trabalhadores por conta própria aumentou nas duas bases de comparação. Em 12 meses, por exemplo, cresce 6,1%, com mais 1,328 milhão. Da mesma forma, a presença de trabalhadores domésticos aumentou ante igual período de 2015: 3,8%, acréscimo de 225 mil.
Entre os setores, a indústria perdeu 1,131 milhão de vagas em 12 meses (-8,5%) e a agricultura/pecuária, 227 mil (-2,4%). Construção (1,2%) e comércio (0,2% ficaram estáveis, enquanto alguns setores de serviços e a administração pública (2,1%) cresceram.
Estimado em R$ 1.939, o rendimento médio ficou estável (-0,5%) em relação ao trimestre anterior e caiu 2,4% ante 2015. A massa de rendimentos (R$ 172,8 milhões) teve estabilidade na primeira comparação e caiu 3,1% em 12 meses.