(São Paulo) Depois de três dias de negociações, os bancários e o Banco do Brasil ainda não chegaram a um acordo sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do semestre passado. O BB insiste em discriminar uma parcela dos funcionários com restrições ao pagamento e a Contraf-CUT não aceita o prejuízo para este pessoal.
Na tarde desta segunda-feira, dia 12, a diretoria do Banco do Brasil manteve a proposta apresentada na sexta-feira e negou a reivindicação dos trabalhadores para os critérios de distribuição da PLR. Diante do impasse e da intransigência do BB, os membros da Comissão de Empresa dos Funcionários se retiraram da mesa de negociação.
“Não vamos admitir esta discriminação que o BB está querendo promover. A Contraf-CUT vai continuar com a movimentação que estamos fazendo no campo político para demover o BB desta idéia esdrúxula de discriminar uma parcela importante do funcionalismo”, disse Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
O dirigente ressaltou que o objetivo dos bancários é resolver nesta terça-feira, de manhã, o problema que está emperrando o acordo da PLR. “Todos trabalharam para que o BB pudesse ter um lucro de mais de R$ 6 bilhões no ano passado. Não podemos deixar que parte dos bancários seja prejudicada na PLR”, completou Marcel.
O formato da PLR está “OK”
Desde sexta-feira, o formato do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados está acordado com o BB. A empresa respeitou o modelo pago nos semestres anteriores, que foi uma grande conquista dos bancários do Banco do Brasil: valor fixo, mais percentual do salário e distribuição de 4% do lucro de maneira linear.
As negociações sobre a PLR com o BB começaram na quinta-feira e duraram mais de cinco horas neste dia. Na sexta, a reunião se estendeu de manhã até o final da tarde.
Fonte: Contraf-CUT