Atos públicos, entrega de carta de reivindicações à presidenta Dilma Rousseff, ações jurídicas e assembleia geral com indicativo de greve. Essas foram as ações deliberadas coletivamente pelos funcionários do Banco do Brasil, em concordância com as orientações do Sindicato dos Bancários do Pará, durante a plenária realizada na noite desta quarta-feira (30) no grande auditório do Complexo Cultural Bancário, em Belém.
A presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, abriu os trabalhos da plenária com informes sobre a reunião que ela participou entre o Banco do Brasil com a Contraf-CUT, federações e sindicatos na última segunda-feira (28), em São Paulo, para tratar sobre os novos planos de função que o BB já vem pondo em prática, sem antes dialogar com a categoria.
Rosalina ressaltou que “o plano de funções do Banco do Brasil traz prejuízos aos trabalhadores, não é transparente aos bancários desde sua concepção até sua implantação, além de ser coercitivo com as ameaças de descomissionamento, por isso, nossa orientação é para ninguém aderir aos novos planos e resistir a mais esse golpe que o BB tenta aplicar contra seus funcionários”.
A plenária foi coordenada pelos dirigentes do Sindicato e funcionários do Banco do Brasil Rosalina Amorim, Gilmar Santos, Fábio Gian, José Marcos Araújo (Marcão) e contou com a presença da advogada do Sindicato, Mary Cohen, para os esclarecimentos jurídicos necessários.
Encaminhamentos:
Ato na superintendência do BB
Foi definido a realização de um ato público na quinta-feira (31), às 8 horas, em frente à superintendência do banco, em Belém, em repúdio aos novos planos de função que está sendo implementado sem a anuência da categoria. Na ocasião, foi divulgada aos trabalhadores do BB e à sociedade em geral uma carta aberta esclarecendo o porquê de o movimento sindical ser contrário a essa medida adotada pelo banco.
Medidas jurídicas
O Sindicato ajuizou no último dia 17 uma Ação Civil Pública pleiteando a 7ª e 8ª horas para assistentes A e B. A audiência inaugural desse processo ocorrerá no dia 26 de fevereiro.
O Sindicato aditará à ação, informando à Justiça do Trabalho, a obrigatoriedade de assinatura do termo de adesão, as perdas salariais ocorridas em detrimento da aceitação da proposta por parte dos bancários, a possibilidade de punição com descomissionamento em caso de não aceitação etc. Com o pedido liminar, o Sindicato irá requerer a suspensão da migração dos assistentes ao novo plano, pelo menos até o final do processo.
Ainda, para a próxima segunda-feira (4), o Sindicato agendou reunião com a Procuradoria do Trabalho, no intuito de informar ao Ministério Público os atos lesivos por parte do Banco do Brasil aos seus funcionários. Na mesma data, o Sindicato ajuizará Ação Civil Pública pleiteando pagamento de horas extras pela 7ª e 8ª hora realizadas pelos analistas, informando também o mesmo relatado no aditamento da ação dos assistentes.
Carta à Dilma
Nesta sexta-feira (1º), a presidenta Dilma Rousseff estará na cidade de Castanhal (PA) para entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida. Na ocasião, o Sindicato estará presente com funcionários do BB de Castanhal e da Região Metropolitana de Belém para entregar à presidenta um documento com as reivindicações do funcionalismo em busca de respeito e melhores condições de trabalho no Banco do Brasil.
Assembleia geral
A plenária aprovou a realização de uma assembleia geral na próxima terça-feira (5), às 19 horas, na sede do Sindicato, para avaliar a situação no BB referente ao novo plano de funções. Caso a mobilização nacional dos trabalhadores não tenha avanços até lá, a assembleia poderá aprovar a deflagração de greve por tempo indeterminado como forma extrema de pressão contra as atrocidades do BB contra seus trabalhadores com tal medida.