Plenária define contraproposta dos empregados para PCS da Caixa

Bancários da Caixa Econômica Federal de todo o país estiveram reunidos hoje, em Brasília, em Plenária Nacional. O encontro formulou a contraproposta dos empregados para a unificação das tabelas do PCS do banco. A Caixa apresentou sua proposta finalizada na última negociação com os bancários, no dia 30 de abril.

Na parte da manhã, foram feitas exposições sobre as concepções e a fundamentação para orientar o debate sobre o PCS. Foram também apresentadas as propostas que os sindicalistas trouxeram de suas bases para a composição da contraproposta dos empregados que será apresentada para a Caixa após apreciação das bases.

Os trabalhadores rejeitaram a vinculação da migração para o novo PCS à não participação no Reg/Replan, prevista na proposta apresentada pela Caixa. Outra discordância importante em relação à proposta do banco é o número de níveis da tabela. Os empregados defenderão a criação de uma tabela com 36 níveis, enquanto o banco trabalha com uma tabela de 72 níveis.

Os bancários também firmaram posição contrária ao estabelecimento de limite de 1% da folha de pagamento para promoções colocado pelo banco. No caso da promoção por merecimento, os sindicalistas defendem também que seja concedido pelo menos um e no máximo dois deltas por ano.

A plenária estabeleceu piso de R$ 1.244 e teto de R$ 3.700 para a proposta dos empregados, o que está praticamente fechado com a Caixa. Outro ponto de concordância é a inclusão dos Técnicos Bancários Superiores (TBS) na nova tabela.

Um ponto importante da proposta dos trabalhadores é a compensação dos trabalhadores pelo período em que as promoções por merecimento estão suspensas na Caixa. Os trabalhadores propõem que seja concedido um delta a cada dois anos ou um ano mais fração sem promoção para os trabalhadores que já estão no banco. Por exemplo, se um trabalhador está na Caixa há oito anos, receberá quatro deltas; caso o empregado esteja a cinco anos e um mês, será considerado como seis anos e receberá três deltas. As promoções se dariam já na nova tabela, após a migração, que se daria por aproximação salarial.

Calendário

Entre os dias 19 e 29 de maio, as entidades sindicais realizarão debates e mobilizações com a base para discutir a contraproposta dos trabalhadores. No dia 30, o documento com as reivindicações dos empregados será entregue à Caixa. Ficou definido também o dia 4 de junho como Dia Nacional de Lutas pelo PCS da Caixa, com mobilizações, atos e protestos em todo o Brasil.

Os trabalhadores estabeleceram o dia 19 de junho como data limite para o retorno da Caixa em relação às propostas apresentadas. Depois disso, as entidades sindicais realizarão, no dia 26 de junho, assembléias com os trabalhadores para avaliar a proposta final e decidir por sua aprovação ou não.

Foi também marcada para o dia 28 de junho a realização de uma nova Plenária Nacional, caso a proposta apresentada pela Caixa não seja aprovada nas assembléias dos trabalhadores, para definir a continuidade do movimento.

Plínio Pavão, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT (CEE Caixa) avalia que a plenária foi mais uma demonstração do grau de mobilização dos empregados da Caixa. “Plenária foi muito produtiva, estamos debatendo um tema dos mais importantes. Agora, precisamos intensificar a mobilização para arrancarmos uma proposta de unificação das tabelas do PCS que contemple as reivindicações da base”, sustenta.

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