Piso de Serra é menor que os menores salários da construção civil

O piso estabelecido pelo governo do Estado de São Paulo, que começou a ser praticado nesta quarta-feira (1º de agosto) é infinitamente inferior aos salários recebidos pelos trabalhadores da construção civil e conquistados através das campanhas salariais organizadas por seus sindicatos. O alerta é dado pelo presidente da Confederação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores das Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT), Waldemar Pires de Oliveira.

Conforme o anunciado pelo governo, o piso salarial no Estado, incluindo pedreiros e pintores, passará a ser de R$ 450,00. No entanto, informa Waldemar, “o mínimo que o pintor já recebe por Convenção Coletiva é R$ 666,60” . Já o menor salário de um pedreiro, para os Sindicatos filiados à CUT e à Força Sindical em São Paulo, varia de R$ 785,00 a R$ 900,00. “Até mesmo um ajudante não-qualificado recebe R$ 654,52, o que é bem mais do que esse piso do Serra”, acrescenta Waldemar.

Para os demais sindicatos da categoria, vinculados à Federação dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Feticom-SP) o mínimo que recebe um trabalhador não-qualificado também é muito superior ao mínimo do Serra: R$ 541,20″ .

“Ao divulgar um comunicado deste porte, utilizando para isso todo o aparato de mídia, o governo de São Paulo mente que melhora os salários, enquanto na verdade está causando enorme prejuízo para a classe trabalhadora”, denunciou Waldemar. Segundo o dirigente, “o sistema capitalista utiliza todas as artimanhas para aumentar a exploração da mão-de-obra e os empresários mal intencionados vão se aproveitar deste piso fraudulento ao setor para arrochar salários”.

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