Os petroleiros iniciam nesta quinta-feira (17) greve nacional com protestos e manifestações contra o leilão do campo de Libra, marcado para a próxima segunda-feira (21). A paralisação tem três reivindicações básicas: melhoria da proposta para renovação do acordo coletivo, suspensão do leilão e retirada da pauta da Câmara do Projeto de Lei 4330, de 2004, que permite a terceirização em todas as áreas das empresas.
A greve foi aprovada em assembleias em todas as bases dos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP). Também votaram pela paralisação os sindicatos ligados à Federação Nacional (FNP) da categoria, com data-base em 1º de setembro.
Vários atos estão previstos, como parte de um dia nacional de luta dos petroleiros. Em São Paulo, haverá concentração na praça Oswaldo Cruz, próximo à região da avenida Paulista. No Rio de Janeiro, está programada passeata da Candelária até a Cinelândia, na região central. Em Belo Horizonte, um ato previsto para começar às 7h na Refinaria Gabriel Passos (Refap) terminará na praça Sete, no centro de Belo Horizonte.
A paralisação deve começar à zero hora desta quinta, com suspensão dos turnos. Inicialmente, a produção não deverá ser afetada, o que pode ocorrer apenas com a continuação do movimento, de forma gradativa. “A nossa ideia é atender às necessidades básicas da população”, diz o secretário de Administração e Finanças da FUP, José Genivaldo da Silva.
A Petrobras ofereceu 7,68% de reajuste sobre a remuneração mínima, o que representaria pouco mais de um 1% de aumento real (acima da inflação). Os petroleiros querem 5% de ganho real, entre outras reivindicações. Procurada, a empresa não se manifestou.