Pesquisa encomendada pela FETEC/CUT-SP entre os bancários do Estado de SP aponta as pressões por metas abusivas, a sobrecarga de trabalho e o assédio moral como principais problemas vividos hoje pela categoria.
Realizado no último mês de maio com uma amostragem de 1516 entrevistas, distribuídas entre os nove principais bancos e as 34 bases sindicais do Estado, o levantamento também mostra as expectativas dos trabalhadores em relação à campanha que está começando.
Em primeiro lugar aparece a luta por remuneração, com 62% dos entrevistados apostando pelo aumento real de salário. A maioria também quer uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior. Outra prioridade destacada pelos bancários do Estado de SP é a luta pela garantia de emprego.
“As prioridades elencadas mostram que a categoria reconhece direitos adquiridos como o aumento real, consolidado nos últimos cinco anos, e a PLR, independentemente da redução do ritmo da lucratividade dos bancos. E, embora o item remuneração apareça no topo da lista, a pesquisa mostra que os bancários estão bastante preocupados com as condições de trabalho com real interesse em encontrar soluções para as metas abusivas, a sobrecarga de trabalho e contra as práticas de assédio moral”, afirma Pedro Sardi, secretário geral da FETEC SP.
A pesquisa traz outro importante dado. 70% dos bancários aprovam a campanha nacional unificada, ao reconhecerem os ganhos advindos do instrumento, desde 2003, quando BB e Caixa Federal passaram a aplicar o mesmo índice de reajuste negociado com a Fenaban.