Perícia do DRT chocada com ilegalidades no CAT do Itaú

(São Paulo) Por solicitação do Sindicato dos Bancários de São Paulo e após a morte de um operário durante a reforma realizada no Centro Administrativo Tatuapé (CAT), fiscais da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) realizaram uma inspeção no local no dia 1º de novembro.

“O pessoal da perícia ficou chocado com as irregularidades constatadas”, diz o diretor da Fetec-CUT/SP e funcionário do Itaú, Francisco Cézar de Lima, o Cezinha. O dirigente explica que, além das goteiras, rachaduras e infiltrações, eles ficaram especialmente surpresos com o fato de o banco não disponibilizar para os representantes dos trabalhadores as atas das reuniões de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) nem as Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs). Outra grave irregularidade: por culpa do banco, não foram realizadas as primeiras reuniões de Cipa no ano de 2007.

“O fiscal fez questão de mostrar para o superintendente a lei, que obriga a emissão de uma cópia das atas das reuniões de Cipa a todos os membros da comissão. Ele também ficou muito incomodado ao saber que, entre fevereiro e julho, não aconteceu nenhuma reunião de Cipa, e isso aconteceu por má vontade do banco. O resultado será autuação e multa para a empresa”, afirma o dirigente sindical.

A obra
Quanto aos problemas na obra onde aconteceu o acidente que causou a morte do trabalhador, a DRT propôs a criação de uma comissão de acompanhamento, composta por um representante da Cipa, um representante do Sindicato e um engenheiro do banco. Foi exigido ainda do Itaú apresentar todas as atas das reuniões de Cipa passadas e as que virão a acontecer e disponibilizar ao Sindicato todas as CATs emitidas.

“Isso é muito importante, porque a gente percebe que o número de bancários do CAT que nos procuram com problemas de saúde causados pelas más condições de trabalho é muito alto, mas o banco sonega os documentos, como se nada de grave acontecesse lá”, diz.

O Sindicato aproveitou para cobrar do banco uma posição sobre o ambulatório médico-odontológico, o refeitório e o restaurante, que estão prometidos há muito tempo.

Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP

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