Pela primeira vez o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região será presidido por um bancário do Banco do Brasil. Paulo Malerba, de 34 anos é funcionário do BB há 15 anos. Em 2009 ele ingressou no sindicato e o comandará a nova gestão a partir de fevereiro.
Malerba é doutor em Ciência Política pela Unicamp. Em 2016 foi avaliado como o melhor vereador de Jundiaí pelo Voto Consciente. Neste bate-papo ele conta quais são suas prioridades para os próximos quatro anos do mandato que se inicia em 3 de fevereiro.
Qual é o papel do presidente na diretoria dos Bancários de Jundiaí e região?
O presidente tem um papel de liderança e diálogo para fortalecer o sindicato. Parte importante do trabalho é encontrar a harmonia entre os dirigentes sindicais e os trabalhadores, incentivar que todos participem das discussões e atividades do Sindicato. Além disso, é quem representa a entidade perante a sociedade, que estabelece o contato com os outros sindicatos, a federação e a confederação, portanto, é sempre necessária a atenção e atuação nos debates em nível local e nacional.
O que você considera como prioridades da nova gestão para 2019?
Sem dúvida, as novas tecnologias e a reforma trabalhista trazem muitas dificuldades para a classe trabalhadora, em especial, para a manutenção dos empregos. Desse modo, temos como prioridade a garantia de empregos e dos direitos de nossa categoria e dos direitos sociais e trabalhistas de modo mais amplo, como no caso da previdência, bem como a defesa dos bancos públicos, que são fundamentais para o país.
O que é preciso reverter com maior urgência nas agências locais?
Precisamos trabalhar constantemente por melhorias nas condições de trabalho. Há muitos bancários e bancárias que ficam doentes em razão do excesso de metas e intensidade do trabalho. Esse é um tema que está presente em todas as nossas ações.
É possível fortalecer a luta do sindicato mesmo durante um governo de extrema-direita?
O momento agora é defensivo, isso é, de resistência e de preservação das conquistas. Em um governo como esse, o papel do sindicato é ainda mais fundamental, pois é quando precisamos de organização, unidade e força diante de um cenário que se busca retirar ou reduzir direitos, como na proposta de “reformar” a previdência. De um lado, há o governo, grandes empresários e financistas mobilizados, nós, do outro lado, precisamos ter capacidade de analisar e agir para assegurar que não se prejudique os trabalhadores e trabalhadoras e aos mais pobres.