(São Paulo) Cinco regiões metropolitanas onde o DIEESE e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) realizam, em parceria com instituições e governos locais, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgaram, nos últimos dias, os dados sobre desemprego e ocupação, referentes a agosto, e sobre o comportamento dos rendimentos, em julho.
Na Grande São Paulo, a PED registrou queda na taxa de desemprego, que passou de 16,7%, em julho, para 16,0%, em agosto. O total de desempregados foi estimado em 1.609 mil pessoas, 71 mil a menos que no mês anterior. Houve aumento de 67 mil pessoas no total de ocupados, que chegou a 8.446 mil. Foram abertos postos nos Serviços (45 mil) e nos Outros Setores (33 mil), e desativadas ocupações no Comércio (7 mil) e Indústria (4 mil). A exemplo do que ocorreu em julho, houve forte crescimento do total de assalariados com carteira assinada (mais 55 mil pessoas). Os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados apresentaram forte crescimento entre junho e julho, e passaram a corresponder a R$ 1.119 e R$ 1.179, fruto do incremento de 5,1% e 5,0% respectivamente.
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte manteve-se, em agosto, como a mais baixa dentre as regiões pesquisadas, ficando em 13,4%, contra 14,0%, apurado em julho. O total de desempregados foi estimado em 337 mil pessoas, 12 mil a menos que no mês anterior. O total de ocupados, na região chegou a 2.180 mil pessoas, devido à geração de 34 mil postos, com destaque para o setor serviços, que criou 25 mil empregos. O rendimento real médio dos ocupados foi estimando, em julho, em R$ 932, com alta de 3,4% em relação ao mês anterior. O salário real médio subiu 4,1%, passando para R$ 996.
A taxa de desemprego, na Região Metropolitana de Porto Alegre recuou, em agosto, para 14,6%, contra os 14,9% registrados em julho. O total de desempregados foi estimado em 266 mil pessoas, 7 mil a menos que no mês anterior. A redução da taxa resultou da saída de 9 mil pessoas da População Economicamente Ativa (PEA), uma vez que houve diminuição de 2 mil postos de trabalho. O total de ocupados foi estimado em 1.557 mil pessoas, fortemente influenciado pela queda de 2,9% na Indústria e crescimento de 6,9%, na Construção Civil. O rendimento médio real dos ocupados referente a julho apresentou crescimento de 1,0%, e seu valor atingiu R$ 928. Com relação aos assalariados, houve queda de 0,5%, com o salário médio correspondendo a R$ 937.
Na Região Metropolitana de Recife, a taxa de desemprego apresentou ligeiro aumento, em agosto, atingindo 21,3%, contra 21,0% apurado em julho. O total de desempregados chegou a 338 mil pessoas, 10 mil a mais que em julho. Este aumento resultou do crescimento da taxa de participação, que passou de 50,3% para 50,9%, o que correspondeu ao ingresso 21 mil pessoas no mercado de trabalho. Foram geradas, no período, 11 mil ocupações. Os Serviços e os Outros Setores criaram 24 mil vagas, enquanto a Indústria, Comércio e Construção Civil fecharam 13 mil. Assim, o total de ocupados na região foi estimado em 1.247 mil pessoas. O rendimento real médio dos ocupados e dos assalariados aumentou, respectivamente, 1,7% e 1,0%, com seus valores passando a corresponder a R$ 611 e R$ 685, na comparação entre julho e junho.
Na Região Metropolitana de Salvador a taxa de desemprego, em agosto ficou em 24,1%, contra 23,9%, verificada em julho. O total de desempregados chegou a 421 mil pessoas, 5 mil a mais que no mês anterior. Sete mil pessoas passaram a integrar a PEA, total superior ao de postos gerados no período (2 mil). O total de ocupados ficou em 1.325 mil. Houve crescimento de 5,9% no total de postos da Indústria, mas retração no comércio (-1,1%) e nos Outros Setores (-0,5%), e relativa estabilidade no setor Serviços (-0,2%). O rendimento real médio, em julho, ficou relativamente estável para ocupados (0,3%) e assalariados (-0,1%), com seus valores fixando-se em R$ 749 e R4 853, respectivamente.
Fonte: Dieese