PCS do BRB precisa ser corrigido

Diante da perspectiva de incorporação do BRB pelo Banco do Brasil e sendo patente que o BB possui uma estrutura salarial mais vantajosa que a do BRB, faz-se necessário a correção do PCS do BRB, para colocar os salários e funções do BRB efetivamente no patamar do mercado, conforme valores que o próprio Departamento Pessoal do BRB possui, uma vez que os utiliza como referência do PPR.

O Sindicato dos Bancários de Brasília defende esta tese há um bom tempo, posição esta que remonta a criação do primeiro programa de renda variável do BRB, a campanha de incentivo a metas, CIM, implantado em 2002.

Retrospectiva

O programa de renda variável do BRB surgiu após intensa atuação do Sindicato cobrando uma reestruturação do PCS da época. Naquele momento, a maior defasagem encontrava-se nas funções comissionadas, o que gerou um movimento específico dos comissionados, capitaneado pelo Sindicato, e que resultou na criação do Programa de Renda Variável.

“Desde então, o Sindicato sempre defendeu a tese de que o BRB não tinha programa de renda variável e sim uma forma tangencial de pagar salário condicionado a cumprimento de metas, o que demonstrou que a direção do banco de então utilizou um subterfúgio equivocado para remunerar decentemente os funcionários do BRB, especialmente os comissionados”, lembra André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato e funcionário do BRB.

Ao longo dos anos, o programa sofreu alterações que o aperfeiçoaram, no entanto, não deixou esta característica central de ser uma forma perversa de se pagar o que o funcionário sempre mereceu. Em 2006, enfim, a direção do banco rendeu-se às evidências do mercado e compreendeu a tese do Sindicato da necessidade de correção do PCS. Porém, de uma forma obtusa, aquela diretoria, embora tenha formulado um novo PCS, ainda incorreu no mesmo erro: estabeleceu para o BRB uma remuneração abaixo do que se praticava no mercado e ofere-ceu uma complementação salarial travestida de programa de renda variável, situação que perdura até hoje, contrariando as teses mais rasas de especialistas em recursos humanos sobre renda variável.

O que os bancários precisam

O Sindicato entende que as tabelas utilizadas como referência do PPR sejam as tabelas salariais do BRB, pois aqueles valores não são aleatórios, são frutos de pesquisa encomendado pelo banco para aferir o valor do salário praticado no mercado. Isto implica em agregar ao salário atual a diferença paga a título de PPR.

O Sindicato entende ainda a necessidade de criação de funções intermediárias de assessoramento de negócio, a exemplo do que exis-te no Banco do Brasil e na Caixa, pois dentro do próprio modelo de segmentação que está sendo implementado pelo BRB, necessita-se de uma função desta natureza; alguém para assessorar os gerentes de negócio do banco.

Novo PCS?

Em audiência com o presidente do BRB, Ricardo Vieira, este informou que estava sendo gestado um novo PCS com possibilidade de implementação em julho de 2008. Porém, diante do total desconhecimento do assunto por parte dele, determinou a suspensão da iniciativa e se comprometeu com o Sindicato em construir um novo PCS com a participação dos trabalhadores, a ser implementado em janeiro de 2009.

“É importante ressaltar que este suposto novo PCS, se existiu efetivamente, foi feito em ambiente hermeticamente fechado sem a participação de quem realmente tem direito: os trabalhadores do BRB”, afirma Antonio Eustáquio, secretário de Imprensa e diretor do Sindicato.

Audiência adiada

A reunião do Sindicato com o presidente do BRB, Ricardo Vieira, que estava prevista para ocorrer na segunda-feira 30 foi adiada para terça-feira 1º de julho, às 16h. Na ocasião, o Sindicato, dentre outras coisas, buscará uma forma de garantir o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) do primeiro semestre de 2008.

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