PCN Brasil pode mediar negociação com ABN e Santander

A CUT e entidades filiadas estiveram ontem, dia 31 de outubro, em Brasília, para reunião com o Ponto de Contato Nacional (PCN Brasil). A Contraf-CUT esteve presente, juntamente com representantes dos químicos e comerciários.

A reunião teve espaço aberto para as entidades sindicais exporem suas reivindicações e avaliação do processo junto ao PCN Brasil até o momento. A Contraf levou mais detalhes a respeito da denuncia do ABN Amro.

A Confederação demonstrou que o banco holandês tem descumprido no Brasil diretrizes da OCDE. Exemplos dessa conduta são negociações infrutíferas (que não concluem um tema a favor do trabalhador), como as de saúde, condições de trabalho e salário, já colocadas há cinco anos na mesa de negociações do ABN e até agora sem solução; a falta de transparência e de participação dos trabalhadores em decisões que afetem sua rotina de trabalho, tais como terceirização na área de tecnologia e remuneração variável; e descumprimento de leis trabalhistas, sendo que, em uma vistoria da Delegacia Regional do Trabalho realizada na sede do banco, foram anotadas mais de 1300 ocorrências.

Com isso, a expectativa é que, nas próximas semanas, uma negociação seja convocada pelo PCN para mediar os temas em conflito, como melhores condições de trabalho, eliminação das disparidades salariais, o que se traduz em um novo PCS, melhores salários, remuneração variável adequada ao desempenho dos funcionários.

Fusão

A Contraf consultou também sobre a interferência da venda do ABN Amro ao Santander nos processos da denúncia. Segundo o PCN Brasil, a mudanaç de controle no banco não interfere. “Isso ainda acrescenta a oportunidade de o PCN, como representante do Estado brasileiro e no melhor interesse dos trabalhadores do Brasil, proporcionar um ambiente de garantia de emprego e investimentos por parte do Santander nesse processo de fusão para que não haja demissões imotivadas por conta de eventuais sobreposições”, esclarece Gutemberg.

Interbanco – Até ontem, o PCN Brasil não tinha decisão sobre os processos em andamento, entre eles o do Interbanco, filial uruguaia do Unibanco. Após a reunião, os membros do órgão permaneceram reunidos para processar e julgar os casos que já haviam sido apresentados anteriormente.

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