Os bancários e as bancárias de todo o Brasil comemoraram neste domingo (28) o seu dia, nascido da luta de uma categoria unificada nacionalmente em suas campanhas e convenção coletiva.
O Dia dos Bancários é fruto de uma longa greve, de 69 dias, ocorrida no ano de 1951. Esse movimento, que desafiou a Lei de Greve do Estado Novo e questionou os índices oficiais do custo de vida, foi o embrião do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, cujos estudos referenciam os indicadores dos trabalhadores na hora de reivindicar e negociar.
Entre os muitos avanços obtidos pelos bancários nas últimas décadas estão o aumento real nos salários, o crescimento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a implementação de instrumentos que possibilitem melhores condições de vida e trabalho, com igualdade de oportunidades, respeito à diversidade, apoio à educação e combate ao assédio moral. Neste ano, mais uma vez os bancários se unem para reivindicar avanços e garantir os direitos já conquistados, com ênfase para a questão do emprego.
Embora sejam os responsáveis por um dos mais lucrativos setores da economia, os bancários ainda são pouco valorizados pelos banqueiros. Entre os graves problemas enfrentados estão as cobranças por metas abusivas, que levam ao adoecimento mental e físico (problemas psicológicos e LER/DORts, entre outras), o que exige uma interação constante entre os trabalhadores e seus sindicatos, para garantia de direitos. Emprego, saúde e segurança são, portanto, reivindicações prioritárias da categoria.
