Para Sindicato da Paraíba, bancos precisam humanizar a segurança

Preocupada com os números da insegurança bancária no Estado, que só este ano já contabilizou 45 ‘saidinhas de bancos’, cinco seqüestros com tentativa de assalto e o arrombamento de cinco caixas eletrônicos, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba participou de uma reunião com o alto escalão das Polícias Militar e Civil da Paraíba, para discutir alternativas para coibir as ações dos bandidos. O encontro aconteceu na manhã de quinta-feira (12), no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, falou da expectativa dos bancários quanto à segurança, principalmente os gerentes que são o alvo da nova modalidade de investida dos bandidos, que seqüestram seus familiares para viabilizar o assalto. “Falta humanização na segurança bancária, pois os banqueiros só estão investindo na segurança do seu patrimônio, em detrimento da sociedade e dos bancários, jogados à própria sorte”, ressaltou.

O comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Wilde de Oliveira Monteiro, afirmou que a corporação vem cumprindo seu papel institucional em manter a segurança pública, inclusive superando as dificuldades orçamentárias e a falta de quadros.

Além do patrulhamento nos corredores bancários da capital paraibana, a PM tem reforçado o policiamento em dias de grandes pagamentos em locais estratégicos para evitar a ação dos bandidos em todo o Estado. “Trabalhamos integrados aos demais órgãos de segurança da Paraíba e às secretarias de segurança de outras unidades da federação, inclusive com o serviço de inteligência”, reforçou.

Monitoramento

Dentre as sugestões apresentadas pelo Sindicato, como a elaboração de campanhas educativas para orientar bancários e clientes contra as investidas dos bandidos, ganhou destaque o monitoramento integrado. “Trata-se de um sistema de câmeras instaladas nas agências, com monitoramento em tempo real pela polícia militar, com o objetivo de facilitar a identificação dos meliantes e diminuir o tempo de atendimento das ocorrências nos estabelecimentos bancários”, explicou Marcos Henriques.

Bancários e policiais avaliaram a reunião como positiva. Entretanto, a maioria das sugestões apresentadas depende da efetiva atuação dos bancos, a quem compete investir em segurança, priorizando o ser humano e não o patrimônio. Daí a importância da realização da audiência ampliada, com a mediação do Ministério Público do Trabalho, solicitada pelo Sindicato dos Bancários há 15 dias.

Marcos Henriques disse que os bancários anseiam por soluções negociadas, que tragam de volta a tranquilidade no ambiene de trabalho; se não for possível, vamos buscar alternativas via Assembléia Legislativa ou Câmara de Vereadores. “Nunca mais queremos ver o terror estampado no rosto de um companheiro ou companheira de trabalho, por conta da ganância e insensibilidade dos banqueiros”, conlcluiu.

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