Para Nobel da Paz, reeleição de Obama reforça democracia e direitos humanos

Vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2011, a jornalista iemenita Tawakkol Karman, disse nesta quarta-feira (7) que a reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, demonstra compromisso do povo norte-americano com a democracia e os direitos humanos.

“Obama não é apenas um presidente para os americanos. É um presidente de todos os povos que aspiram um mundo igual, justo, de paz”, disse Tawakkol em entrevista após encontro com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

Para Tawakkol Karman, o líder americano deve aproveitar a oportunidade histórica para colaborar com a construção da democracia em outros países.

“Parabenizo Obama pela confiança que conquistou do seu povo. É uma oportunidade histórica que o presidente tem. Deve aproveitar em prol da paz e da segurança no mundo. Tenho certeza de que com Obama, nós, povos de todo o mundo, poderemos trabalhar em prol dos valores de paz, de segurança, de amor e de bem-estar mundial”.

Primeira mulher árabe a receber o Prêmio Nobel da Paz, Tawakkol veio ao Brasil a convite da organização Transparência Internacional para participar da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção.

Com a presidenta Dilma, a Nobel da Paz conversou sobre a experiência brasileira de transparência no acesso a dados públicos, programas sociais e de combate à fome, experiências que, segundo ela, poderão ser aproveitadas pelo Iêmen. Dilma também sinalizou a possibilidade de abrir bolsas de estudos para alunos iemenitas estudarem no Brasil, segundo a ativista.

Tawakkol Karman disse que pediu à Dilma e ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que o Brasil continue apoiando a luta de países em defesa dos direitos humanos, principalmente em favor do povo da Síria.

A vencedora do Nobel ainda elogiou o povo brasileiro por ter uma mulher na Presidência e disse que países que respeitam e valorizam suas mulheres “são grandes, com um povo grande”.

Tawakkol Karman dividiu o Nobel da Paz em 2011 com mais duas mulheres, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf e a também liberiana Leymah Gbowee.

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