A exemplo do que vem ocorrendo no restante do país, a greve dos bancários e bancárias no Paraná vem ganhando novas adesões a cada dia. O sucesso da paralisação deve-se, principalmente, para a insatisfação da categoria, que não aceitou a desfaçatez dos banqueiros, que apresentaram uma proposta pífia e abusiva de apenas 5,5% de reajuste salarial. Até o momento, a base da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) está com 556 agências e 11 centros administrativos fechados e com aproximadamente 17.060 trabalhadores e trabalhadoras de braços cruzados.
Com categoria mobilizada, a luta em busca de uma proposta mais decente por parte dos patrões, que vem obtendo lucros cada vez maiores, graças ao esforço de todos, fica menos árdua. Para o presidente da Fetec-PR, Junior Cesar Dias, os resultado obtidos até aqui são bem animadores. “Estamos com números melhores em comparação ao ano passado. Essa iniciativa dos bancários e bancárias de ir para greve já de início demonstra força diante do banqueiro. É preciso acabar com a intransigência dos patrões, pois eles não nos procuraram e nós estamos aberto às negociações. Enquanto isso não acontece, a greve continua e queremos torna-la ainda maior caso o outro lado teime em oferecer uma proposta ruim para a nossa categoria”, garante. Junior diz também que os números dos sindicatos do interior do Paraná e os de Curitiba estão sendo bem expressivos. “. Em alguns sindicatos, a adesão já está em 90%. Todos, sem exceção, estão batalhando em prol da categoria”.
Curitiba
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Elias Jordão, faz uma avaliação bem positiva da adesão da categoria em sua base de atuação. “Na minha avaliação, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras na greve está sendo melhor do que o esperado. Começamos em um patamar semelhante ao do ano passado, houve um avanço muito rápido nestes três dias de paralisação e a possibilidade de ampliação da greve é forte, pois estamos recebendo cada vez mais pedidos de estrutura para a greve, como faixas, cartazes, entre outros”, revela. Jordão chama a atenção também para o fato de que a população tem apoiado o movimento de greve. “Quando explicamos a situação dos altos lucros obtidos pelos banqueiros, os clientes acabam entendendo nossa luta e nos apoiando. Isso só demonstra que a nossa causa é válida e temos que continuar com a paralisação”, salienta .
Londrina
Em Londrina, a movimentação dos trabalhadores e trabalhadoras também vem crescendo. A presidenta do sindicato, Regiane Portieri, garantiu que a categoria está bem unida e que não vai esmorecer tão fácil. “Nossa greve cresce a cada dia, e não vamos desistir de ter aumento real. Precisamos ser fortes e continuar mostrando a nossa força”.
Campo Mourão
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e região, Nivalda Sguissardi Roy, também ressalta a união obtida pelos trabalhadores e trabalhadoras neste momento para rechaçar os 5,5% oferecidos pelos banqueiros.” O sindicato é feito pela união dos trabalhadores. Diante de uma proposta tão desrespeitosa quanto essa, vinda justamente de quem vem obtendo lucros atrás de lucros, nossa categoria se uniu e entendeu que não poderíamos aceitar este tipo de oferta. Estamos todos juntos e só voltaremos ao trabalho diante de uma proposta boa”, afirma.