BC não ouve protesto da CUT e centrais por menos juros e mais emprego
O Banco Central cedeu às pressões das instituições financeiras, dos analistas econômicos e dos especuladores e aumentou a taxa básica dos juros (SELIC) de 9,5% para 10% ao ano.
Apesar do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado recentemente que a inflação está “controlada e bem-comportada”, os aumentos da taxa Selic continuam. Os motivos para a continuidade dessa política, portanto, são outros: o discurso do rentismo e dos que acreditam ser necessário aumentar o desemprego, reduzir o consumo e o crédito para aumentar a produtividade da economia encontrou eco na política macroeconômica.
Nos últimos nove anos, apenas os anos de 2006, 2007 e 2009 apresentaram índices de inflação em torno do centro da meta. Este ano, o índice se manterá abaixo dos 6%. Se de fato a inflação acima do centro da meta representasse um sintoma de descontrole inflacionário, estaríamos em um cenário econômico pouco confortável, o que foi desmentido pelo ministro.
Para a CUT, a política de elevação das taxas de juros além de não contribuir para controlar os índices inflacionários, prejudica o desenvolvimento sustentável do país, gerador de emprego e renda, reduz o mercado interno, encarece o crédito e serve apenas aos interesses do capital especulativo.
A prioridade da política monetária tem de ser o povo brasileiro e não os especuladores.
Direção Executiva da CUT