O Banco da Amazônia está se reestruturando e as mudanças já estão a caminho. Em Porto Alegre, foi confirmado que haverá diminuição dos postos de trabalho, redução das funções comissionadas e mudança de perfil. No Rio de Janeiro, embora nada tenha sido confirmado, é certo que a agência do BASA vai ser fechada. O banco vai focar nos clientes pessoa jurídica, se concentrando na captação de empresas interessadas em investir na Amazônia.
O banco não pode simplesmente demitir os funcionários, que são concursados. Aos trabalhadores resta pedir demissão ou aceitar a transferência para uma agência em qualquer ponto da Amazônia Legal, já que as unidades de São Paulo e Brasília também devem ser reestruturadas e não poderão absorver esta mão de obra. A única solução é a mudança, que, muitas vezes, será não só de agência e estado, mas de fuso horário. A diferença pode ser de até duas horas.
Mobilização
Está marcada para hoje, no final da tarde, uma reunião para discutir a situação. Mas o encontro só vai acontecer se o BASA se pronunciar a respeito e enviar uma proposta. “Até agora, ninguém nos disse nada. Sabemos que o Conselho de Administração determinou o fechamento da agência, mas não houve um comunicado. Com isso, também não houve uma proposta para os funcionários.” relata Carlos Potengy, funcionário da agência Rio do BASA. Segundo o bancário, a média de idade dos empregados é alta, e o mais jovem da unidade tem mais de 50 anos.
O presidente da Associação dos Empregados do BASA, Sérgio Trindade, esteve no Rio no último dia 16 e conversou com o presidente interino do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Alexandre. As representações dos trabalhadores devem fazer um levantamento da situação dos empregados da agência para propor soluções que não prejudiquem nenhum funcionário, nem obrigue ninguém a se mudar para uma cidade a milhares de quilômetros de seu atual local de trabalho e moradia.