Os meios de comunicação voltados para o trabalhador foi o tema da terceira mesa do Seminário Nacional de Comunicação, realizado nesta quarta-feira (22), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.
No início de sua apresentação, Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual (RBA), apresentou os canais que compõem a RBA, criada para a classe trabalhadora, como o site, que envia notícias por Whatsaap; a Rádio Rede Brasil Atual, que pode ser ouvida pelo site; e a Rede TVT, que pode ser assistida por Facebook.
Salvador também abordou a comunicação sindical. “Não dá para ser comunicador hoje, se não tiver a pegada militante. O jornalista nesta área tem de ser muito ativo. Hoje, com as redes sociais também, não dá para ser apenas reflexivo, tem de ser bastante militante”, avaliou.
Para ele, essa comunicação sindical pode ser boa, de qualidade, mas sempre terá seus limites. “Depende muito de o dirigente sindical que cuida da pasta, abraçar a ideia, usar todas as ferramentas que tem.”
O diretor da Rede Brasil Atual ainda completou. “É preciso estimular a cabeça, ter interação com as redes sociais e novas tecnologias. A internet significa transparência, não tem mais nada escondido, temos de mostrar nosso trabalho cada vez mais.”
Os responsáveis pela Rádio CUT e pela Rádio Contraf-CUT, André Acarine e Douglas Figueiredo, também participaram da mesa. Eles afirmaram que o rádio, ainda hoje, é um veículo de comunicação de muita força. “A Rádio CUT começou como um programa pela internet e depois começou a distribuir esse trabalho para outras rádios. Hoje temos respostas muito interessantes. Conseguimos atingir um público muito grande Brasil a fora”, disse Acarine.
Ele explicou que o programa é feito na CUT e enviado a Rádio web. Neste site, por dia, pelo menos, 70 rádios do pais inteiro baixa o conteúdo da rádio. Somadas, essas rádios podem atingir cerca de 20 milhões de pessoas.
“Como a gente chegou neste ponto de fidelidades de rádios que não temos nenhum contato? Justamente a linguagem. O método que a gente adotou é produzir um texto para que todo mundo nos entenda. Pegamos todo tipo de conteúdo que queremos informar e traduzimos para a maneira mais simples possível”, explicou.
Os radialistas lembraram que a Contraf-CUT também tem a sua rádio. “Neste caso, decidimos colocar uma programação musical, para atrair o ouvinte, mesclando as informações do trabalhador do ramo financeiro. A rádio Contraf-CUT é música e informação”, finalizou André Acarine.
Douglas Figueiredo completou o colega. “A rádio vem para atrair um público diferente do texto e diferente do vídeo. Quando você joga junto com uma programação musical, fica mais agradável. A ideia da Contraf-CUT é que os sindicatos usem nos seus sites e até baixem os arquivos para reproduzir em caixas de sons durante atos e protestos.”
Figueiredo revelou. “O próximo passo é abrir um canal de comunicação via whatsapp para os ouvintes interagirem, opinarem e até abrirem o público. Toda a rede poderá contribuir.”