Operação Varredura da PF fecha 50 empresas clandestinas de vigilância no RS

Ao fiscalizar os serviços de vigilância privada no Rio Grande do Sul, que reúnem um efetivo 60% maior do que o da Brigada Militar, a Polícia Federal (PF) autuou 70 empresas irregulares e clandestinas.

Denominada operação Varredura, a ação foi realizada com base em investigações e informações e mobilizou cem policiais federais durante quatro dias, na área de abrangência da Capital e das 13 delegacias da PF no Interior.

Das 70 empresas de vigilância notificadas, 50 foram autuadas como clandestinas, por não terem autorização para exercer suas funções, e receberam ordem de fechamento.

Outras 20 estavam com a autorização vencida e foram advertidas a fazer a atualização no cadastro junto à PF. Pela lei, qualquer empresa de segurança privada precisa de autorização da PF para exercer suas funções. As empresas têm 10 dias para recorrer.

A maioria das empresas autuadas fica na Grande Porto Alegre, e em cidades do Interior como Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul e Pelotas. No Estado, há 117 empresas de segurança privada legalizadas e 35 mil vigilantes atuando na função, enquanto a Brigada Militar tem 22 mil policiais.

Segundo o delegado Adelar Anderle, coordenador-geral de Controle de Segurança Privada da PF, a fiscalização da vigilância privada é crucial para evitar desvios como a formação de milícias encabeçadas por vigilantes ou a associação entre vigilantes e criminosos.

Em todo o país, há 1.725 vigilantes cadastrados na PF, sendo 742 mil deles com carteira assinada. Para se ter uma dimensão do mercado, o efetivo das polícias de todo o país é de 411 mil homens na ativa, e as Forças Armadas reúnem 320 mil homens na ativa.

– A segurança irregular é um perigo para o Estado, por isso é importante ter um controle rigoroso. No Rio de Janeiro, por exemplo, descobrimos um segurança que tinha 12 mandados de prisão contra ele – explicou Anderle, salientando que no Rio Grande do Sul não foi encontrada situação semelhante.

Também foram autuadas 30 casas noturnas com serviços de vigilância irregulares e fiscalizados os planos de segurança de 35 agências bancárias. Os nomes das empresas envolvidas não foram divulgados.

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