Onda de “saidinha de banco” e assaltos assusta bancários de São Paulo

Dois dias após o assassinado de um cliente que funcionário do colégio Sion, no bairro Higienópolis, em São Paulo, após sacar dinheiro em um banco, outro cliente foi seguido e baleado nesta quarta-feira (5) depois de sair de uma agência com R$ 15 mil. O crime aconteceu no final da manhã na rua Santa Ifigênia, região central da cidade.

A vítima foi socorrida e levada ao hospital. Segundo a PM, o homem baleado havia sacado o dinheiro de uma agência do Itaú.

Ao sair, ele foi seguido e abordado por dois suspeitos dentro de uma galeria onde trabalha, próximo à agência. Policiais viram a ação e tentaram impedir o roubo.

Os criminosos, um deles menor de 18 anos, reagiram e atiraram. Um dos tiros acertou a vítima. Os assaltantes foram presos e tiveram uma arma de fogo apreendida. O nome deles não foi informado pelos policiais.

Também na região central de São Paulo, um sargento reformado da Polícia Militar reagiu a um assalto e matou um suspeito no final da noite de terça-feira (4).

O crime aconteceu por volta das 21h30, na rua José Maria Lisboa, próximo ao número 625, nos Jardins. Segundo a polícia, o sargento reformado estava com o carro parado em um semáforo quando foi abordado pelo criminoso.

Com um arma de brinquedo, o assaltante bateu no vidro do carro. A vítima sacou um revólver e baleou o ladrão, que morreu no local.

Na zona leste, um suspeito foi morto e outro ferido a tiros durante assalto a uma agência do Bradesco na região do Aricanduva.

Segundo a polícia, outros integrantes do grupo fugiram levando uma quantia ainda não contabilizada e o revólver de um dos vigias.

O crime aconteceu por volta das 11h30 de ontem. Segundo a PM, um dos seguranças da agência foi rendido do lado de fora, quando chegava ao banco, e forçado a liberar a entrada dos criminosos.

Os ladrões pegaram o dinheiro que havia nos caixas, mas um dos seguranças reagiu e atirou, atingindo dois dos criminosos.

Além do caso de Higienópolis, na terça-feira um empresário coreano foi abordado por ladrões no estacionamento de uma agência do banco Itaú na alameda Santos, região central. Um policial à paisana reagiu e trocou tiros com os ladrões.

E a lei dos biombos?

Enquanto isso, a lei estadual nº 14.364, do dia 15 de março de 2011, que prevê que todas as agências bancárias do Estado de São Paulo estão obrigadas a colocar biombos continua só no papel. Nenhum tapume foi instalado pelos bancos. Também não foi regulamentada pelo governo Geraldo Alckmin nem há qualquer fiscalização.

“Os biombos têm sido muito importantes para reduzir a ‘saidinha de banco’, pois garantem privacidade nos saques, impedem a visualização dos olheiros e melhoram a segurança das agências, protegendo a vida das pessoas”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

“João Pessoa, Belém e Belo Horizonte, que possuem leis municipais obrigando instalação de biombos, têm registrado quedas expressivas na ocorrência desse crime que vem matando clientes Brasil afora”, aponta o dirigente sindical. “Por que os biombos não são colocados também nas agências paulistas como está na legislação estadual”, questiona.

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