(São Paulo) Dados da instituição revelam que no mundo há pelo menos 24,56 milhões de trabalhadores que vivem com o vírus HIVSão Paulo – O local de trabalho deve ser priorizado como ponto de acesso aos tratamentos antiretrovirais para tentar combater a alta incessante do número de pessoas em idade produtiva que morre em decorrência da Aids. Essa uma das indicações do estudo divulgado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), na véspera desta sexta-feira, 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Segundo as estimativas da OIT, 24,56 milhões de trabalhadores de 15 a 64 anos viviam com o vírus do HIV no mundo em 2005, entre os quais cerca de 67% na África. Acredita-se que no planeta 39 milhões de pessoas vivam com HIV. O estudo indica que no ano passado mais de 3 milhões de pessoas em idade de trabalho morreram em decorrência da doença.
“No Brasil, o tratamento adequado aumentou a expectativa de vida das pessoas com HIV/Aids. A rotina de exames laboratoriais, não impede que o portador da doença possa trabalhar e não há justifica para o preconceito e ameaça de demissão por parte das empresas”, destaca Marcelo Litvoc, médico assistente do departamento de moléstias infecciosas do Hospital das Clínicas.
Ele destaca que o local de trabalho é um ambiente em que a transmissão do vírus HIV é praticamente nula, já que a contaminação se dá principalmente por relação sexual sem preservativos, pela uso compartilhado de seringas e agulhas e pela falta de cuidados adequados para a transfusão de sangue.
O estudo da OIT revela ainda que sem tratamento, um portador do vírus da aids pode continuar trabalhando durante seis meses, em média, contra 34 meses em média para 4 anos e meio de tratamento.
Para o relatório “HIV/AIDS e trabalho: estimativas globais, impacto nas crianças e nos jovens, e respostas ao problema – 2006”, a OIT coletou dados de 60 países de todo o mundo que são fortemente afetados pela epidemia de HIV. Incluem-se 56 países onde a prevalência de HIV em pessoas com idades de 15 a 49 anos foi de 1% ou mais, e quatro países (Brasil, China,Índia e Estados Unidos) onde a prevalência é menor, mas devido a grandeza numérica de sua população.
Fonte: SEEB SP