Ofício da Contraf-CUT condena prática antissindical da Caixa em comunicado durante a greve

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), encaminhou ofício na terça-feira (6), à direção da Caixa Econômica Federal contestando comunicado interno enviado aos empregados no primeiro dia de greve dos bancários. Para os representantes dos trabalhadores, o documento tem por objetivo reprimir a mobilização na empresa.

No ofício, Contraf-CUT e CEE/Caixa destacam que “a greve é um direito legítimo dos trabalhadores, assegurado pela Constituição Federal e qualquer medida para reprimi-lo constitui uma prática antissindical e, portanto, condenada pelas entidades representativas dos trabalhadores”.

“Se a direção da Caixa quer acabar com a greve é fácil. Basta atender nossas reivindicações específicas de mais contratações, PLR Social, acabar com o normativo RH184, sem redução de direitos, e interferir na Fenaban para que melhore sua proposta, com aumento real”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

No comunicado, o banco alega que o “contexto econômico exige ainda mais responsabilidade” e ainda que de acordo com analistas o retorno do crescimento da economia ocorrerá apenas em 2017.

“O que não aceitamos em nenhuma hipótese é fazer esse tipo de abordagem aos trabalhadores, querendo atrelar proposta rebaixada à situação do país. Além disso, a manutenção da Caixa 100% pública é fundamental para toda a sociedade”, acrescentou o coordenador da CEE/Caixa.

No ofício, a Contraf-CUT e a CEE enfatizam que “a defesa da Caixa 100% pública tem sido prioridade para os trabalhadores do banco, que lutam contra o seu enfraquecimento e reivindicam que continue sendo protagonista do desenvolvimento econômico e social do país, a exemplo do que ocorreu nos últimos 12 anos. Os empregados da Caixa têm lutado por um banco cada vez mais forte e estratégico para o Brasil, oferecendo crédito aos cidadãos, estimulando o consumo e produção e, consequentemente, o crescimento da economia.”

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