Com faixas, cartazes e manequins representando os funcionários demitidos pelo Itaú, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, organizou protesto, nesta terça-feira (22.11), na porta da Agência, onde funciona a Superintendência Regional Operacional e Comercial do Banco. A agência foi fechada por 24 horas para denunciar aos clientes do Banco e para a sociedade a política de exploração do Itaú.
O Itaú obteve lucro líquido de R$ 16,33 bilhões entre janeiro a setembro deste ano. “Mesmo com a lucratividade nas alturas, fruto da exploração de funcionários e clientes, o maior banco privado do país demite centenas de trabalhadores. Uma atitude perversa e irresponsável, que afeta pais e mães de família e toda a sociedade”, avalia o secretário de formação político-sindical, socioeconômica e de pesquisa do SEEB/MT e Coordenador Regional da Comissão dos Empregados do Itaú (COE/Itaú/Fetec/Cn), Natércio Brito, ressaltando que está na hora do banco ter mais responsabilidade social com o país, principalmente nesse momento de crise.
Em Cuiabá, nas últimas semanas foram 12 demitidos funcionários do Itaú sem justa causa, sendo que 10 eram mulheres. Ao todo, em Mato Grosso, de janeiro até o momento, foram demitidos mais de 40 trabalhadores. Em todo o país, já foram fechados 1.744 postos de trabalho nos primeiros nove meses de 2016. “O clima nas agências é tenso, gerando medo e insegurança, preocupados, sem saber quem será o próximo da lista”, completa a secretária de assuntos de saúde e condições de trabalho do SEEB/MT, diretora da CUT/MT e funcionária do Itaú, Italina Facchini.
“O Sindicato está atento a todos os desligamentos feitos pela empresa e, como acontece em muitos casos, se precisar, a entidade irá recorrer à Justiça. Mas, essa atitude política perversa e abusiva do Itaú precisa ser barrada”, declara o presidente do Seeb/MT.