O número de crimes de ódio praticados contra lésbicas em todo o Brasil aumenta a cada ano. De acordo com o Núcleo de Inclusão Social da UFRJ, divulgado nesta quarta-feira (7), só nos dois primeiros meses de 2018, já foram registradas 26 mortes por lesbocídio. Por não haver dados oficiais, os crimes são coletados na mídia e nas redes sociais, o que acaba gerando subnotificação.
Segundo a pesquisa, 83% dos crimes contra lésbicas são cometidos por homens que não necessariamente possuem algum tipo de parentesco com a vítima, mas que têm algum tipo de aversão a lésbicas em geral – ou seja, lesbofobia.
Os crimes praticados contra lésbicas também são diferentes dos casos de homofobia praticados contra outros grupos, porque a condição das lésbicas é específica. Os demais grupos também são atacados por não estarem em conformidade com a sociedade, mas as lésbicas ainda sofrem com a carga do machismo. A classificação específica desse tipo de crime é fundamental para que ele possa ser combatido por meio de políticas públicas.
Para a secretaria da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, a mulher precisa ser respeitada na sociedade. “Nós, mulheres, temos o direito de ser e gostar de quem a gente quiser. A mulher já enfrenta muita discriminação apenas pelo fato de ser mulher e a lésbica ainda sofre o preconceito. Precisamos lutar contra o machismo.”