Número de agências em greve cresceu 160% em Bragança Paulista

“A mobilização da categoria aumentou 96% desde o primeiro dia de greve em todo Brasil. No primeiro dia, bancários de 6.251 agências pararam. O balanço da última sexta,16, mostra que somos trabalhadores de 12.277 agencias contra a intransigência dos banqueiros. Temos que manter a mobilização”, afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e Região, Isabel Rosa dos Santos Machado. “Na nossa base, a greve começou com 22 agências fechadas, hoje são 57, cresceu 160%. É a medida a insatisfação dos trabalhadores. São trabalhadores de 97% das agências de braços cruzados, aguardando uma proposta”, destacou.

A greve dos bancários completou duas semanas nesta segunda-feira (19), sem qualquer contato dos bancos para retomar as negociações. O movimento é cada vez mais forte. Na sexta-feira (16), foram cerca de 60 mil trabalhadores parados em 828 locais de trabalho, sendo 804 agências e 24 centros administrativos em São Paulo, Osasco e região. No Brasil, em todos os 26 estados e no Distrito Federal, pararam 12.277 agências e 44 centros administrativos.

O Comando Nacional dos Bancários, que se reúne semanalmente em São Paulo, já avisou à federação dos bancos (Fenaban) que aguarda uma proposta digna de ser apresentada aos trabalhadores.

Os bancos não fazem nova proposta há mais de 20 dias. Ao invés de valorizar os principais responsáveis pelos seus lucros bilionários, tentam impedir o direito de greve dos trabalhadores. Mas não estão conseguindo. A paralisação deste ano já é uma das mais fortes desde 2004. 

"Os bancários sabem do seu valor, da importância que têm, da contribuição que dão para os exorbitantes resultados do setor. Não vão sair da greve sem um reajuste digno e a certeza de que as condições de trabalho vão melhorar", reforçou a dirigente, lembrando da importância da participação de cada um. "Braços cruzados significam prejuízo para os bancos. É a única linguagem que eles entendem. Temos paralisado setores estratégicos, mas quanto mais conseguirmos fechar, mais força teremos, maior será a pressão para que eles retomem as negociações", convocou Juvandia Moreira, presidente do Sindicato de São Paulo.

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