O aumento do salário mínimo de R$ 622 para R$ 678, que entrou em vigor na terça-feira (1º), vai injetar R$ 32,7 bilhões na economia brasileira em 2013, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese).
Atualmente, segundo o Dieese, 45,5 milhões de pessoas têm seus rendimentos referenciados no salário mínimo. Com os novos recursos na economia, a arrecadação tributária sobre o consumo terá uma alta de R$ 15,9 bilhões no ano.
O novo mínimo também vai impactar as contas da Previdência Social, onde o número de benefícios equivalentes a um salário mínimo representa 69,6% do total. Já o peso relativo dessa massa de benefícios é de 48,5%.
O novo mínimo deverá provocar impacto anual de R$ 12,3 bilhões nas contas da Previdência.
O valor do mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conforme legislação vigente a partir de acordo negociado entre governo e centrais sindicais.
Em 2011, a variação do PIB foi de 2,73%, e a inflação de 2012 projeta pelo INPC, de 6,1%.
O Orçamento de 2013 – ainda não aprovado pelo Congresso Nacional – previa alta do mínimo para R$ 674,96. A proposta original do governo era de aumento de R$ 622 para R$ 670,95, mas o cálculo da inflação foi reajustado, e isso elevou o valor.