Sindicatos de bancários de todo o país realizaram nesta quinta-feira (26) mais um Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco Bradesco, em plena pandemia.
“O banco se comprometeu a não demitir durante a pandemia. Mas, no dia 28 de setembro descumpriu essa promessa e, em menos de dois meses, já demitiu mais de 2.500 funcionários. Isso é demissão em massa!”, criticou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes. “E o aumento do número de infecções e mortes pela Covid-19 não deixa dúvidas: a pandemia não acabou”, completou.
Os atos são uma forma de protesto e fazem parte da campanha nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos de bancários de todo o país contra as demissões pelos bancos, que obtiveram lucros bilionários. O Bradesco, por exemplo, obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.
Além das manifestações nas imediações das agências e departamentos, a campanha conta com outras ações para pressionar o banco, como o tuitaço realizado na terça-feira (24).
“O banco precisa rever essa política de demissões e reassumir o compromisso que fez em abril com a não demissão. Enquanto não houver essa reversão, continuaremos com nossas ações, tanto nas redes sociais quanto nas imediações das agências e departamentos do banco”, afirmou Magaly.
As manifestações e tuitaços contra as demissões pelo Bradesco já vêm ocorrendo há mais de um mês e as hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite tem figurado entre os assuntos mais comentados do Twitter nos dias das ações nas redes, tendo, inclusive, sido pauta em diversos veículos de comunicação.