Novas agências do Bradesco no litoral do RS não têm portas giratórias

Bancários cobram medidas de segurança do gerente regional do banco

O Sindicato dos Bancários do Litoral Norte do Rio Grande do Sul se reuniu na quarta-feira (2) com o gerente regional do Bradesco, Júlio Alberto Vargas Martella, cobrando segurança nas novas agências do banco. As unidades abertas nos municípios de Pinhal, Três Cachoeiras e Palmares do Sul apresentam problemas graves de insegurança, como a ausência de portas giratórias com detectores de metais.

“As novas agências funcionam sem o número de vigilantes necessário, ferindo a Lei Federal nº 7.102/83. Também não há sistema de vigilância por vídeo e portas giratórias. A situação é de total insegurança para bancários e clientes”, denuncia Jefferson Cougo, diretor do Sindicato.

“Cabe salientar que as três cidades possuem lei municipal que obriga as agências bancárias a instalarem a porta giratória na entrada de agências, bem como nos postos de atendimento. Com isso, o banco está descumprindo a lei descaradamente”, observa Bino Kohler, diretor do Sindicato.

Durante a reunião com os sindicalistas, o representante do Bradesco disse que irá repassar a demanda à direção do banco.

Conforme o Sindicato, a agência de Pinhal já foi arrombada duas vezes em apenas sete meses de funcionamento, o que exige uma ação imediata do Bradesco no sentido de evitar novas ocorrências.

“Todas as agências mencionadas já foram notificadas pelas Prefeituras, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, mas o banco continua a descumprir a lei. Não vamos aceitar esta conduta irresponsável do Bradesco, que expõe seus trabalhadores, usuários e clientes a riscos iminentes”, alerta Jefferson.

Bino observa que, embora a abertura de novas unidades de atendimento amplie o número de empregos e a inclusão bancária, isso não pode ser feito sem planejamento em segurança. “É lamentável a situação de insegurança que se tornou parte da rotina do emprego bancário. Temos condições de trabalho muito precárias em relação à segurança em diversas agências. O problema está fora de controle tanto do Estado, responsável pelos aparatos de proteção quanto dos bancos, que insistem em fazer vista grossa para a realidade de sua rede de atendimento”, avalia.

Os dirigentes sindicais deixaram claro ao representante do Bradesco, que seguirão cobrando o cumprimento das leis de segurança e que o descaso do banco continuará a ser denunciado publicamente.

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