Nossa Caixa paga 90% da regra básica de PLR

(São Paulo) A Nossa Caixa divulgou na terça-feira, dia 19, lucro de aproximadamente R$ 303 milhões no ano passado. A direção do banco divulgou ainda que irá pagar 90% da regra básica da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mas não a segunda parcela do adicional, pois, graças aos ataques de Serra ao banco, o lucro de 2007 ficou abaixo do de 2006. A data limite para o pagamento é 3 de março.

A regra básica é de 80% sobre o salário mais o fixo de R$ 878,00. Vale lembrar que uma primeira parcela da PLR já foi paga no final do ano passado e, portanto, agora vem a diferença do total. Os bancários terão direito ainda à gratificação variável, que deve ser creditada no máximo dentro de um mês.

“Apesar de todos os ataques que o banco vem sofrendo do governo estadual e das deterioradas condições de trabalho com denúncias recorrentes de assédio moral e pressões por metas abusivas, os trabalhadores seguem carregando o banco nas costas e garantindo a lucratividade e a viabilidade de uma instituição pública que tem que zelar pelo desenvolvimento do estado”, diz Raquel Kacelnikas, diretora do Sindicato de SP e funcionária do banco.

Ataque
O lucro da Nossa Caixa em 2007 foi 33% menor do que os R$ 453 milhões do ano anterior. No meio do ano, graças a um acordo fechado com a direção do banco, o adicional foi calculado de acordo com os balanços dos primeiros semestres, que registraram variação positiva do lucro entre 2006 e 2007, o que gerou o crédito de R$ 600. Já para agora, o mesmo depósito dependia do aumento na comparação dos balanços anuais.

“O ano de 2007 fechou com lucro menor do que o do ano anterior pois a Nossa Caixa foi alvo de uma política desastrosa por parte do governador José Serra (PSDB). Ele sangrou os cofres da instituição em nada menos do que R$ 2 bilhões ao vender a folha de pagamento dos servidores para o banco. Calculamos que se isso não tivesse ocorrido, o lucro fecharia acima dos R$ 800 milhões, o que garantiria uma PLR maior aos trabalhadores”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.

A conta para os R$ 800 milhões é simples. Os R$ 500 milhões “faltantes” é a soma da rentabilização que os R$ 2 bilhões proporcionaria se não tivesse sido tirado do banco mais R$ 35 milhões mensais que é o pagamento mensal da folha.

Fonte: André Rossi – Seeb SP

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