A marca Nossa Caixa deixa de existir, a partir de segunda-feira, nas agências do Estado de São Paulo. Hoje será o último dia de funcionamento das unidades que ainda têm nome e logotipo do antigo banco paulista, comprado pelo BB (Banco do Brasil). A marca seguirá por mais algumas semanas em postos de atendimento em fóruns e repartições públicas.
No domingo, o Banco do Brasil mudará a cara das últimas 20 agências que estão no interior do Estado. As unidades da Grande São Paulo já foram todas repaginadas, segundo o BB.
O BB também vai ampliar em uma hora o atendimento no Estado nos dias 3, 6 e 8 de setembro, período de pagamento dos servidores. “Essas medidas deram certo em agosto”, disse Dan Conrado, diretor do BB.
O novo horário valerá para as duas primeiras semanas do mês, até o dia 13.
O período coincide com a data de pagamento dos servidores do Estado e com os principais compromissos dos clientes. As agências abrirão das 9h às 16h30.
No início deste mês, a instituição precisou reforçar o número de funcionários nas agências para “esclarecer dúvidas e auxiliar no atendimento” decorrentes do processo de incorporação do BB pela Nossa Caixa, que geraram muitas reclamações.
“Essas medidas visam dar mais conforto e conveniência aos clientes em um período que apresenta, normalmente, um fluxo maior de pessoas e de volume de pagamentos e serviços realizados em toda a rede bancária”, justificou o banco.
INCORPORAÇÃO
Em novembro do ano passado, o BB incorporou a Nossa Caixa, mas apenas em 1º de abril o Banco Central aprovou a incorporação e cancelou a autorização de funcionamento do banco paulista. Com a compra do banco, por R$ 5,4 bilhões em 2008, o BB se mantém entre os maiores do país.
Na migração das agências, os clientes tiveram de mudar números de conta e senha. Por outro lado, ganharam acesso a um portfólio maior de produtos e serviços, como fundos de investimento, cartões, seguros e previdência. O banco equiparou tarifas, taxas de juros e benefícios, para que nenhum cliente saísse perdendo com a migração.
O BB tem utilizado a estratégia de compra diversos bancos estaduais para manter sua liderança no setor. Atualmente, o Banco do Brasil é a maior instituição financeira do país e da América Latina, com R$ 755,7 bilhões. Em segundo lugar, aparece o Itaú Unibanco, com ativos totais de R$ 651,6 bilhões. Os números se referem ao fechamento do primeiro semestre deste ano.
Para analistas, o maior banco do país lançou-se tardiamente à corrida da consolidação no setor. Mesmo assim mexeu com o equilíbrio de forças entre Itaú Unibanco, Bradesco e Santander e virou o número um em agências em São Paulo.