O Centro administrativo do HSBC do bairro Kennedy, em Curitiba, foi fechado hoje em adesão à greve nacional dos bancários, que completa 16 dias nesta quarta-feira (21). Com isso, no Paraná, são onze centros administrativos fechados, 826 agências bancárias com atendimento parcial ao público, totalizando cerca de 20.800 trabalhadores mobilizados.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se recusa a apresentar nova proposta aos bancários e insiste num reajuste de 7% que sequer repõe as perdas inflacionárias da categoria, calculadas em 9,57%, pelo Dieese.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, reforça que os banqueiros precisam entender que a categoria não aceitará redução dos salários. “Apelamos para o bom senso dos bancos: precisamos retomar as negociações para, além dos nossos salários, garantir emprego, saúde, segurança, condições de trabalho e igualdade de oportunidades, PLR maior, valorização do piso da categoria, melhorar VA e VR e tantos outros assuntos que temos pendentes. A sociedade quer muito entender os motivos desta greve. E nós estamos explicando. Nenhum direito a menos. Só a luta te garante!”, completa.
A greve dos bancários é tão legítima quanto legal. Os Sindicatos cumprem rigorosamente todas as determinações estabelecidas na Lei de Greve, entre elas: garantia de 30% de funcionamento dos serviços bancários, priorizando os direitos dos aposentados e pensionistas, prova de vida, troca de senhas e recebimentos de novos cartões; garantia de 100% das salas de autoatendimento, através das quais os clientes podem realizar todos os serviços bancários; e, bem como assegurar o abastecimento dos caixas eletrônicos diuturnamente.
Greve recorde
A greve deste ano já superou a do ano passado, quando alcançou o maior índice de adesão dos bancários em 20 anos. Em todo o país, foram 12.496 agências fechadas no último dia da paralisação, que durou 27 dias. A categoria conquistou aumento real sobre os salários, demais verbas e piso salarial.