O Sindicato dos Bancários de Campo Grande (MS) participa, nesta sexta-feira (10), do Dia Nacional de Paralisação e Luta contra a reforma trabalhista, que entra em vigor a partir de amanhã (11). Os atos envolvem trabalhadores dos setores privado e público e também têm como foco a agenda de retirada de direitos promovida pelo governo de Michel Temer.
Os bancários estão protestando em defesa dos bancos públicos. No período da manhã, os dirigentes do SEEB-CG fizeram uma mobilização em frente à agência da Caixa, na Rua Barão do Rio Branco, para conscientizar a população com materiais informativos sobre os impactos negativos da privatização das instituições financeiras públicas. “Nós estamos nos mobilizando em frente à Caixa para mostrar a importância do banco público para o desenvolvimento econômico e social do país. Temos chamado atenção da população e dos bancários para essas ameaças que o governo tem feito, indicando a privatização, para assim lutarmos e pressionarmos a classe política que tem votado contra os trabalhadores”, disse o presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros.
Com cartazes, os bancários também denunciaram os deputados federais e senadores que votaram contra o povo e aprovaram a reforma trabalhista.
No período da manhã, a categoria bancária ainda participou de um ato na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e, mais tarde, se uniu aos trabalhadores do setor elétrico e do Sinergia em frente à Eletrosul, para protestar contra a privatização da Eletrobrás, responsável pelo controle de grandes hidrelétricas no Brasil, como a usina hidrelétrica de Itaipu. O apoio a outras categorias busca intensificar a luta contra as privatizações de empresas públicas.
Segundo o coordenador do Comitê Estadual contra as Reformas e diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia de MS (Sinergia), Elvio Vargas, esses movimentos fazem parte de toda uma programação do Comitê. ”Tivemos atividades na UFMS, na Eletrosul e na Caixa Econômica Federal. Tudo para alertar e chamar atenção da população sobre os perigos da privatização das empresas públicas. E agora, para representar o impacto da reforma trabalhista, estamos fazendo simbolicamente o velório da CLT”, disse Elvio.
Elvio explica que no período da tarde as entidades sindicais vão se unir num grande ato na praça Ari Coelho, quando também farão o enterro simbólico da CLT.