No aniversário da Petrobrás, petroleiros exigem fim do leilão de Libra

Trabalhadores pararam 24 horas e cobraram também proposta de acordo coletivo

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás pararam por 24 horas nesta quinta-feira, dia 3, quando a empresa completou 60 anos de existência. A categoria transformou as comemorações em protestos, cobrando dos gestores uma proposta de acordo coletivo que atenda à pauta de reivindicações, que foi protocolada no dia 6 de agosto e até hoje não foi respondida pela Petrobrás.

Os petroleiros também exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, que está marcado para ocorrer no próximo dia 21. Esse é o maior campo de petróleo já descoberto pela Petrobrás, avaliado em um trilhão e quinhentos bilhões de dólares.

Se for entregue às multinacionais, representará um dos maiores crimes de lesa pátria do país. Os petroleiros, assim como todos os movimentos sociais, exigem que o campo de Libra fique integralmente sob o controle da Petrobrás para que gere empregos e investimentos no Brasil.

As paralisações dos petroleiros tiveram início por volta das 23 horas de quarta-feira, dia 2, com a suspensão da troca de turnos nas refinarias. À meia noite, foram interrompidas todas as atividades de rotina nas plataformas. A greve teve também teve participação dos trabalhadores da Transpetro.

Conselho Deliberativo volta a se reunir na quarta

Na próxima quarta-feira, dia 9, o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir em Brasília para discutir o indicativo de uma nova greve dos petroleiros a partir do dia 17, quando será realizado mais um dia nacional de luta contra o leilão de Libra.

Os dirigentes sindicais discutirão os próximos passos da campanha reivindicatória e da luta dos trabalhadores contra o Projeto de Lei 4330, que piora drasticamente as condições de trabalho dos terceirizados.

No dia 8, data inicialmente prevista para o Conselho, haverá uma manifestação pública em Brasília contra o leilão de Libra e o PL 4330, envolvendo os petroleiros e militantes sociais que estão acampados desde o dia 2 em frente à Esplanada dos Ministérios.

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