Essta terça-feira (13) marca oito dias de greve nacional dos bancários. Em Campo Grande (MS), 95% das agências bancárias de estão fechadas com as atividades paralisadas. Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros, "além do reajuste dos 16%, a categoria reivindica mais contratações, garantia de emprego, fim da terceirização, fim do assédio moral, fim da rotatividade, até porque, independente da crise, hoje o sistema financeiro é o que mais lucra e não tem motivo para demitir. Os banqueiros precarizam os serviços bancários e aumenta a pressão sobre os trabalhadores no cumprimento de metas".
"Independente da greve, a população é diretamente afetada com o descaso dos banqueiros a falta de funcionários e isso vem piorando a cada dia. Cada vez mais os clientes estão sendo direcionados aos caixas eletrônicos, ou outros meios que não têm o mesmo padrão de atendimento e nem mesmo segurança", enfatiza o presidente Edvaldo Barros.
A minuta de reivindicações foi entregue no dia 11 de agosto. Durante esse período aconteceu cinco rodadas de negociações sem avanços. Os banqueiros dizem não as nossas reivindicações, apresentando uma única proposta de 5,5% que é a cláusula econômica. Portanto, nossa questão não é só econômica, e sim, uma série de fatores que envolvem o dia a dia dos bancários, consequentemente recai sob nos clientes e usuários de bancos.
"O setor financeiro que nunca perde, -mesmo o país passando por uma crise – os cinco maiores bancos tiveram um crescimento de 27% em relação ao mesmo período de 2014. Ou seja, lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre de 2015. Queremos a valorização dos bancários e um melhor atendimento a sociedade em geral", diz Edvaldo.
Lucros dos bancos no segundo Trimestre de 2015:
Itaú – R$ 5,984 bilhões
Bradesco – R$ 4,473 bilhões
Banco do Brasil – R$ 3,008 bilhões
Caixa – R$ 1,9 bilhões
Santander – R$ 1,675 bilhões