Negociações específicas com a Caixa começam na segunda-feira

(São Paulo) Começam na próxima segunda-feira, dia 10, as negociações específicas entre os bancários e a Caixa Econômica Federal. A reunião será às 15h, na sede do banco em Brasília. A Contraf-CUT continua pressionando o Banco do Brasil para agendar a primeira rodada de negociações, que continua sem data marcada.

Para os empregados da Caixa, as discussões dos temas específicos começam praticamente um mês depois da entrega da pauta de reivindicações. “A diretoria do banco teve um tempo razoável para estudar nossa minuta e agora esperamos seriedade e responsabilidade por parte da Caixa na mesa de negociações. Temos uma extensa pauta para resolver e queremos fechar um acordo junto com a Convenção Coletiva que vier a ser assinada com a Fenaban. A estratégia da Campanha prevê que as mesas de negociações específicas sejam articuladas com a da Fenaban, por isso temos que ampliar a mobilização na Caixa e pressionar”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

Uma das principais reivindicações específicas na Caixa é a criação de um novo Plano de Cargos e Salários que contemple todos os bancários. Outro item importante na pauta é a contratação de mais empregados. Também integram a minuta específica a solução para os problemas do Saúde Caixa, as questões de saúde e condições de trabalho (incluindo o problema do assédio moral e da violência organizacional) e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação para todos os aposentados.

Banco do Brasil
Apesar da insistência da Contraf-CUT, a diretoria do Banco do Brasil está enrolando para marcar a primeira rodada de negociações. A Confederação está pressionando e já ameaçou promover paralisações se o BB demorar mais tempo para agendar o início das discussões. A pauta de reivindicações específicas já foi entregue há quase um mês, no dia 14 de agosto.

“Nossa minuta de reivindicações é bastante longa e temos muitos pontos cruciais para resolver. Não podemos perder tempo e a direção do banco está demorando demais para iniciar as negociações. A Campanha Nacional está apenas no início e o BB já mostra má vontade”, ressalta Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

Entre as reivindicações dos bancários do BB está a isonomia total de direitos e benefícios entre os funcionários novos e antigos. Os bancários querem que o salário mínimo do Dieese (R$ 1.628) seja o piso na empresa, o pagamento de todas as horas-extras e o retorno do anuênio. Para a Cassi, os trabalhadores reivindicam a cobertura por parte do BB de eventuais déficits da Caixa de Assistência e, para a Previ, o aumento do benefício mínimo, o fim do “voto de minerva”, a abertura de financiamento imobiliário para o Plano 2 com recursos do próprio plano e o aumento das pensões e do benefício de 90 por cento para 100 por cento.

Fonte: Contraf-CUT

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